São portuguesas dez das 17 aldeias que desapareceram do mapa
Das aldeias que desapareceram, dez ficavam em Portugal. São 17 aldeias que desapareceram (quase) de um dia para outro. Foram submersas pela água das barragens, destruídas para construir cidades ou dominadas pela força da natureza.
Estas aldeias foram morada de milhares de pessoas, as únicas da freguesia que tinham igreja e as primeiras obras de empreendimento urbanístico em Portugal. Mas não tardaram em ser apagadas do mapa. Em cima delas foram erguidas barragens ou construídas cidades maiores. Algumas ficaram debaixo de cinzas ou areia, por causa da força da natureza. E depois caíram no esquecimento.
Só em Portugal existem dez aldeias — e centenas de ruas, vielas ou praças que ficaram debaixo de água ou foram demolidas em nome de infraestruturas mais ambiciosas. Aquelas que ficaram submersas pelas barragens reaparecem de tempos a tempos, quando o nível da água baixa e as ruínas ficam à vista. Outras foram transformadas em pó.
Veja a seguir dez aldeias portuguesas e sete internacionais que desapareceram do mapa.
Monforte de Rio Livre

Monforte de Rio Livre era uma vila que ficava onde agora é a freguesia de Águas Frias, Chaves. O concelho foi extinto a 6 de novembro de 1853.
O sítio dos Laranjais e Campo das Hortas

O sítio dos Laranjais e Campo das Hortas (planta do bairro) foi o primeiro grande empreendimento urbanístico de Portugal. Foi erguido no século XVIII, mas começou a ser demolido em 1916.
Bairro de lata do Morro do Seminário

O bairro de lata do Morro do Seminário, no Porto, ficava perto do Colégio dos Salesianos. Esta imagem data de 1947, mas o bairro já foi demolido.
Vilar da Amoreira

Vilar da Amoreira era uma localidade de Portela do Fojo, na Pampilhosa da Serra. Em 1954 ficou submersa pela barragem do Cabril.
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Barca do Bispo

A aldeia de Barca do Bispo também ficou debaixo de água por causa da barragem da Bouçã. Esta imagem foi tirada quando as comportas da barragem foram abertas e as ruínas ficaram à mostra.
Aldeia da Luz

A Aldeia da Luz ficava a apenas 2 km da atual freguesia da Luz, em Mourão. Grande parte do território ficou debaixo da água da barragem do Alqueva, em 2002.
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Foz do Dão

Foz do Dão era uma antiga aldeia da freguesia de Óvoa, em Santa Comba Dão. Desapareceu quando se construiu a barragem da Aguieira, que deixou a aldeia submersa.
Breda

Breda pertencia à freguesia de Sobral, em Mortágua. Também desapareceu ao ser demolida para a construção da barragem da Aguieira. Quando o nível da água desce ainda é possível ver paredes e tijolos.
Vilarinho das Furnas

Vilarinho das Furnas pertencia a Campo do Gerês, uma freguesia de Terras de Bouro. Desde 1971 que esta aldeia está submersa pela barragem de Vilarinho, mas quando o nível da água esta é a vista.
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Aceredo

Aceredo era uma aldeia espanhola que ficou submersa depois da construção da barragem portuguesa do Alto-Lindoso.
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Geamana

Geamana era uma pequena aldeia romena que foi completamente submersa em 1978, quando foi evacuada e inundada por resíduos tóxicos vindos da exploração do cobre. Agora é um lago venenoso.
Heracleion

Heracleion era uma cidade portuária egípcia que ficou debaixo do mar Mediterrâneo há 2.200 anos. Em 2000, um arqueólogo francês redescobriu a cidade.
Neversink

Neversink era uma cidade nova-iorquina fundada em 1798 que, em 1953, foi inundada por uma barragem.
Skara Brae

Skara Brae ficava numa ilha escocesa. Esteve durante muito anos coberta por uma grande duna de areia por causa de uma grande tempestade, mas foi redescoberta em 1850.
Salto de Sete Quedas

Salto de Sete Quedas era uma catarata no Paraguai que foi, em tempos, a maior em volume de água. Desapareceu com a formação do lago da Central Hidroelétrica de Itaipu, na fronteira com o Brasil, em 82
Chacaltaya

Chacaltaya é um pico da Cordilheira dos Andes, na Bolívia, que foi também uma estância de ski. Mas a neve já desapareceu por causa do aquecimento global e tudo deixou de ser usado.
Pompeia

Pompeia era uma cidade do Império Romano perto de Nápoles. Depois da erupção do vulcão Vesúvio em 79, a cidade ficou debaixo de cinzas, completamente petrificada.
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Autora: Marta Leite Ferreira
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