Saiba quais os deputados que faltam mais vezes no Parlamento
Por motivos de “força maior”, “trabalho político”, “missão parlamentar”, “assistência à família”, “luto” ou “doença”, há 13 deputados que têm mais de 40 faltas justificadas na presente legislatura (cinco dos quais acumulam mais de 50).
No campeonato das faltas injustificadas, Maria Luís Albuquerque lidera isolada (já tem oito no total) e corre o risco de perder o mandato.
No final deste artigo divulgámos o acesso ao livro de “Ponto do Parlamento”, atualizado diariamente, para que possa proceder a todas as consultas e verificações que entender.
Desde o início da XIII Legislatura, em outubro de 2015, os deputados Miranda Calha (PS) e Paulo Pisco (PS) já faltaram a 59 reuniões plenárias na Assembleia da República (AR). Ou seja, não marcaram presença em cerca de 27% do total de 222 reuniões plenárias que se realizaram até hoje.
São os deputados menos assíduos, mas por razões distintas: Calha tem apenas uma falta injustificada e 58 justificadas, das quais três por “força maior”, uma por “trabalho político” e 54 por “missão parlamentar”; Pisco tem zero faltas injustificadas e 59 justificadas, das quais três por “assistência à família”, uma por “doença”, uma por “força maior”, uma por “luto”, uma por “trabalho parlamentar”, 47 por “trabalho político” e cinco por “missão parlamentar”.
Segundo o Jornal Económico, Calha optou por não responder às perguntas endereçadas. No entanto, as 54 faltas por “missão parlamentar” estarão relacionadas com as suas funções de vice-presidente da delegação portuguesa à Assembleia Parlamentar da NATO.
Quanto a Pisco, as 47 faltas por “trabalho político” resultam da sua atividade no círculo eleitoral da Europa, pelo qual foi eleito. “Trata-se de um círculo eleitoral gigantesco que abrange toda a Europa, dezenas de países, cerca de 1,5 milhões de eleitores da diáspora portuguesa.
Ao contrário dos restantes deputados que dedicam a segunda-feira para contactos com o eleitorado, os deputados eleitos pelos círculos da Europa e Fora da Europa realizam esses contactos aos sábados e domingos, com viagens longas, percorrendo grandes distâncias,” esclarece Pisco.
O deputado socialista considera que a AR deveria ter em conta “a especificidade dos círculos da emigração”, não contabilizando as ausências por “trabalho político” como faltas justificadas. “Sinto que é uma grande injustiça quando publicam artigos em que apareço como o deputado mais faltoso.
É uma estatística cega que não reconhece o trabalho efetivamente realizado. Neste momento não tenho vida familiar, trabalho sete dias por semana. Ao noticiarem que sou o mais faltoso, até parece que não faço nada, ou trabalho menos que os outros, quando é precisamente o contrário,” lamenta.
Na página que mantém na rede social Facebook, Pisco divulga as atividades em que participa junto das comunidades portuguesas a um ritmo quase diário.
(cont.)
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