Conheça a efeméride do dia 16 de março, uma tentativa frustrada de golpe de Estado em Portugal. Em seguida, arrisque no quiz ou teste de língua portuguesa 298.
25 de abril
Um dos dias mais marcantes da história de Portugal foi o dia 25 de abril de 1974. A Revolução do 25 de abril foi um acontecimento histórico que transformou o nosso país. Aquela que também ficou conhecida como Revolução dos Cravos (ou Revolução de abril) teve origem num movimento político e social que permitiu chegarmos ao país que temos hoje.
Levantamento das Caldas (da Rainha)
O Levantamento das Caldas foi uma primeira tentativa de insurreição militar que antecedeu a Revolução do 25 de abril de 1974. Pouco mais de um mês antes da Revolução dos Cravos, houve um momento importante, mas o Levantamento das Caldas viu os seus objetivos gorados. Este acontecimento não foi bem sucedido e levou a que fossem desencadeadas prisões a nível militar.
O Regimento
O Regimento de Infantaria nº 5 esteve na origem do que ficou conhecido como o Levantamento das Caldas (da Rainha). Com o objetivo de derrubar o governo, o Regimento de Infantaria nº 5 avançou das Caldas da Rainha, tendo Lisboa como destino.
Apesar desta tentativa de golpe de Estado não ter tido o sucesso pretendido, pois foi anulada pelo regime, a verdade é que se revelou um precioso contributo para fortalecer o Movimento das Forças Armadas (MFA) e permitir o sucesso do 25 de abril, semanas mais tarde.
Insatisfação
A insatisfação estava instalada, pois à guerra colonial juntava-se a falta de liberdade política. António Spínola publicou o seu livro “Portugal e o Futuro”. Nesta obra, o autor defende uma solução política para o conflito e não uma solução militar.
A 5 de março, o MFA põe a circular um documento que se revela contra a intervenção portuguesa nas colónias. Este documento tinha sido elaborado por Melo Antunes. Algo que também causou perturbação em vários setores militares foi o afastamento de duas pessoas de relevo, por estas não terem participado na cerimónia de apoio à política colonial de Marcelo Caetano (tendo esta ficado conhecida como a “brigada do reumático”).
Essas pessoas foram Costa Gomes (que era Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas) e Spínola (respetivo vice).
Planificação
Este momento do Levantamento das Caldas ocorreu no dia 16 de março. Contudo, esteve inicialmente programado para a noite de 13 para 14 de março. Bem depois deste acontecimento, mais precisamente 25 anos depois do 25 de abril de 1974, Otelo Saraiva de Carvalho afirmou que o Levantamento das Caldas foi uma ação “feita à revelia da Comissão Coordenadora Executiva do MFA”.
O objetivo seria “ impedir a vassalagem dos almirantes e dos generais perante o Professor Marcelo Caetano”, mas o acontecimento ocorreu contando com apenas uma coluna de 170 homens (saída das Caldas da Rainha).
A realidade
O Regimento de Infantaria nº5 das Caldas da Rainha deslocou-se para a capital, tal como combinado, sob o comando do capitão Armando Marques Ramos. A operação, tal como foi planificada, foi abortada, pois apesar de demonstrarem interesse em ir até ao fim com o plano, os militares de Lamego não se juntaram aos das Caldas.
Os militares de Santarém e de Mafra também não seguiram o plano. Por isso, os elementos do Regimento de Infantaria nº5 (das Caldas da Rainha) só perceberam que estavam sozinhos quando já estavam próximos de Lisboa.
Detidos
Eles pensavam que as outras unidades os seguiam, tal como combinado, mas isso não aconteceu. Estavam sozinhos, por isso unidades leais ao regime impediram as intenções do Regimento proveniente das Caldas da Rainha, fazendo-o sem derramamento de sangue.
Este acontecimento levou a que o Governo realizasse prisões e fizesse repreensões internas, por parte da Comissão Coordenadora Executiva do MFA.
O golpe de Estado não aconteceu e, na sequência disso, quase duas centenas de pessoas foram detidas (entre elas estavam oficiais, sargentos e praças). Esses oficiais foram encarcerados na Trafaria, tendo sido libertados no dia do 25 de abril, no seguimento da Revolução dos Cravos.
O domínio da língua portuguesa é essencial para ter sucesso em qualquer carreira. Ainda assim, muitos profissionais portugueses têm dúvidas na hora de se expressarem na própria língua — sobretudo por escrito.
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