A sua origem é claramente toponímica, sendo derivada directamente da palavra latina silva que significa selva, floresta ou bosque, e tem a sua origem na Torre da Silva, que fica a meio caminho das freguesias de São Julião e Silva, junto ao concelho de Valença, em Portugal. De facto em Portugal, na Galiza, em Leão e nas Astúrias, existem diversas localidades cujos nomes compõem-se por “Silva”.
É possível, porém, verificar que a popularidade deste apelido remonta ao século XVII em Portugal. Já no Brasil, o primeiro Silva a chegar foi o alfaiate Pedro da Silva, em 1612.
A primeira linhagem que adoptou o nome Silva como apelido tem uma origem muito antiga e provém do príncipe dos Godos, D. Alderedo, cujo filho, D. Guterre Alderete de Silva, casou-se com uma descendente da nobreza da Casa Real de Aragão e é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, no final do século X.
Um actual ramo da família Silva, na sua quinta geração, é descendente dos Reis de Leão e são mestiços – uma importante família aristocrática brasileira no Amazonas, dos quais varões da 2ª geração herdaram durante o Brasil Império o baronato de Amazonas.
Apesar da enorme difusão na população lusófona em geral, “Silva” também é o nome de importantes famílias nobres, que normalmente o portavam juntamente com outro apelido. Essa difusão aconteceu no Brasil principalmente por dois motivos: o primeiro deles é que muitos portugueses que queriam começar uma nova vida procuravam o anonimato nas novas terras, sem vínculos com o passado na Europa, adoptavam o sobrenome mais comum de Portugal aproveitando-se do relativo anonimato que o sobrenome proporcionava (e ainda proporciona). O segundo motivo é o fato deste sobrenome ter sido atribuído com muita frequência aos escravos que, quando libertos, adoptavam o sobrenome do antigo dono.