Os efeitos naturais do envelhecimento são retardados por substâncias presentes no vinho. Sabia que o vinho tinto previne o envelhecimento precoce? Muitos portugueses adoram acompanhar a sua refeição com um copo de vinho, preferencialmente tinto. Por isso mesmo acolhem com agrado as diversas notícias que surgem de várias áreas a defender que este produto permite que o corpo fique fortalecido com o seu consumo moderado. É verdade, é constantemente veiculado que o vinho tinto é muito estudado pela comunidade científica. E esta revela que o produto que adoramos gera diversos benefícios para a saúde. Uma das investigações mais recentes defende que o vinho tinto previne-nos de um envelhecimento precoce.
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O vinho tinto previne o envelhecimento precoce
Estudos científicos
O vinho tinto tem sido alvo de diversos estudos. Contém propriedades muito particulares que estão na origem de diferentes benefícios. Contudo, estes só surgem se existir um consumo moderado de vinho tinto. Os diversos estudos realizados recomendam que seja consumido apenas um copo de vinho tinto por dia.
Entre os diversos benefícios associados ao consumo moderado de vinho estão a diminuição do risco de desenvolver cancro e outros problemas de saúde como diabetes, Alzheimer, aterosclerose, Parkinson, gripe, entre outros. São muitos os estudos que, por muito dispersos que estejam, centrando-se em áreas específicas, revelam algo em comum. O agente combativo em todos eles, o resveratrol, é o elo entre todos esses estudos.

A fonte
Na revista Science, uma publicação científica de credibilidade insuspeita, foi revelado um estudo proveniente da Universidade de Harvard, uma entidade com uma reputação global. É, seguramente, uma das melhores universidades do mundo.
Nesse estudo, foi revelado que o resveratrol é um antioxidante “milagroso” que desempenha um papel verdadeiramente fundamental na proteção da saúde do ser humano, pois atua no sentido de retardar todo o processo de envelhecimento do organismo.

O que é resveratrol?
O resveratrol é um polifenol, isto é, uma substância natural, cristalina, que pode ser encontrada em alguns alimentos, nomeadamente frutos como a uva (mais especificamente a sua pele e as grainhas), o cacau e os amendoins.
O resveratrol é um composto antimicrobiano, produzido pelas próprias plantas como proteção contra ambientes agressivos, nomeadamente contra pragas, alterações climáticas, luz excessiva, entre outras ameaças para a planta.
Enquanto antioxidante, ele impede o stress oxidativo do nosso organismo, protegendo-o do risco de desenvolver doenças como aterosclerose, Parkinson ou Alzheimer.

A investigação
A equipa de investigação da Universidade de Harvard realizou uma série de testes em ratos de laboratório para chegar a essa conclusão, num período que se estendeu ao longo de 6 anos, de 2006 a 2012. Apesar de alguns médicos terem alegado que o resveratrol apenas surtia efeito em cobaias e em condições artificiais, este estudo visou demonstrar o oposto, que este antioxidante também resultava em situações reais e com seres humanos.
Esta equipa de investigação composta por médicos e cientistas demonstrou que o resveratrol é uma substância que age estimulando a atividade de uma proteína chamada SIRT1 (sirtuína 1), o que implica ter uma ação de proteção do organismo, um escudo que protege e que previne de enfermidades. Ele protege “a bateria das nossas células”, as mitocôndrias.

Tempo
Ao longo dos anos, há um natural enfraquecimento dessas organelas, contribuindo para uma diminuição das suas funções (há até casos em que são desenvolvidos problemas funcionais, estando estes relacionados com o aparecimento de várias doenças em geral).
A SIRT1, quando em contacto com o resveratrol, consegue recarregar e renovar as atividades mitocondriais, algo fantástico pois implica um efeito positivo sobre a saúde das células que elas “comandam” e também sobre o organismo, levando a que funcionem por mais tempo, sem problemas.
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Testes em laboratório
Os testes efetuados em laboratório recorrendo aos ratinhos permitiram chegar a resultados agradáveis que levaram a uma conclusão positiva. Nestes pequenos roedores, ficou comprovado que os animais que receberam resveratrol viveram mais 30% que os outros que ficaram sem o antioxidante “milagroso”.
Assim, comprovou-se que esta substância consegue atrasar o envelhecimento, implicando com isso o prolongar do tempo de vida saudável.

Conclusão
Estes resultados são bastante animadores. Os investigadores concentraram-se neste momento em descobrir qual o gene que permite que o resveratrol estimule a produção da sirtuína 1.
Só assim conseguirão vinculá-lo a alguns medicamentos. Mas estes ainda estão em fase de testes, por isso é necessário esperar mais uns anos para obtermos mais informação detalhada sobre eles.

Importante
Deve sempre falar com um especialista (pode ser um nutricionista, um médico, ou ambos), antes de proceder a qualquer tratamento recomendado no NCultura, de forma a ter o devido acompanhamento de alguém que tem mais informações sobre si.
Apesar das recomendações serem baseadas em estudos científicos, um especialista tem acesso a muita informação pessoal sobre si que pode ser relevante, seja para avançar com o tratamento, seja para o impedir ou interromper.