Sexta-feira, Março 31, 2023
NCultura Notícias
  • Início
  • Língua Portuguesa
    • Português
    • Poemas e Poesia
  • Histórias
    • História de Portugal
    • Curiosidades
    • Pessoas
    • Opinião
  • Receitas
    • Aperitivos e Petiscos
    • Receitas de Carne
    • Receitas de Peixe
    • Receitas Rápidas
    • Receitas Vegetarianas
    • Sopas
    • Bolos e Sobremesas
    • Truques e Dicas
  • Vinhos
  • Lifestyle
    • Vida Saudável
    • Moda e Beleza
    • Animais de Estimação
    • Limpeza e Arrumação
  • Viagens
    • Destinos e Viagens
    • Monumentos
  • Pensamentos
    • Pensamentos e Frases do Dia
    • Mensagens
  • Zodíaco
    • Horóscopo
    • Signos
  • Notícias
Sem resultados
Ver todos os resultados
NCultura Notícias
  • Início
  • Língua Portuguesa
    • Português
    • Poemas e Poesia
  • Histórias
    • História de Portugal
    • Curiosidades
    • Pessoas
    • Opinião
  • Receitas
    • Aperitivos e Petiscos
    • Receitas de Carne
    • Receitas de Peixe
    • Receitas Rápidas
    • Receitas Vegetarianas
    • Sopas
    • Bolos e Sobremesas
    • Truques e Dicas
  • Vinhos
  • Lifestyle
    • Vida Saudável
    • Moda e Beleza
    • Animais de Estimação
    • Limpeza e Arrumação
  • Viagens
    • Destinos e Viagens
    • Monumentos
  • Pensamentos
    • Pensamentos e Frases do Dia
    • Mensagens
  • Zodíaco
    • Horóscopo
    • Signos
  • Notícias
Sem resultados
Ver todos os resultados
NCultura Notícias
Sem resultados
Ver todos os resultados
Publicidade
Publicidade
Início Língua Portuguesa

Língua Portuguesa: e se a nossa língua estivesse a morrer?

ncultura Por ncultura
22/05/2020
em Língua Portuguesa, Português
1
nossa língua estivesse a morrer

Língua Portuguesa: e se a nossa língua estivesse a morrer?

FacebookTwitterPinterestWhatsApp
Publicidade
Publicidade

Artigos Relacionados

palavras caras para criticar

Português: 20 palavras caras para criticar pela positiva

Novembro 20, 2022
palavras que originam mais erros de português

As 10 palavras que originam mais erros de português

Novembro 18, 2022
palavras perfeitas para elogiar

Português: 20 palavras perfeitas para elogiar com elegância

Novembro 15, 2022
palavras difíceis

Português: 60 palavras difíceis para impressionar

Novembro 14, 2022

Imagine um mundo em que a nossa língua está a desaparecer… imagine uma verdadeira catástrofe linguística em Portugal: e se a nossa língua estivesse a morrer?

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Afonso Henriques
Marco Neves

Peço ao leitor que imagine uma verdadeira catástrofe linguística em Portugal: o português é ainda a língua mais falada no país, mas há outro idioma a invadir as conversas. As gerações mais velhas falam, maioritariamente, português, mas os mais novos cada vez menos. Nas cidades, o outro idioma está espalhado por todo o lado e poucos conversam em português.

Em muitas vilas, ouvimos português na boca dos adultos, mas as crianças já brincam na outra língua. Todos aprendem português na escola, mas usam-no cada vez menos. Pondo números à catástrofe: cerca de 70% dos falantes com mais de 70 anos falam português; mas entre as crianças até dez anos, apenas 20% usam a nossa língua. O que diríamos? Diríamos que a língua estava a caminhar para o desaparecimento.

Quem se importasse com ela ficaria seriamente preocupado — não que a vida noutra língua não seja possível, claro está. Mas a nossa língua, a língua dos nossos avós, da nossa literatura estaria a desaparecer. Seria, de forma contida, algo triste. Seria uma perda cultural irreparável. Uma catástrofe cultural.


Leia também: Língua Portuguesa: qual a origem de «luva»? E «máscara»?


Ora, é isso mesmo que está a acontecer na Galiza: os números que acima referi são reais, mas referem-se ao uso do galego no próprio território onde é a língua própria — e oficial, em conjunto com o castelhano. Todos os galegos aprendem galego na escola. Mas, em casa, é muito habitual termos avós que conversam entre si em galego e netos que conversam entre si em castelhano. Todos sabem as duas línguas, mas o uso é muito diferente de geração para geração. Quem se preocupa com a língua galega, na Galiza, está inquieto. Mais do que inquieto!

O galego tem outro problema. Durante séculos, não foi oficial: só nos anos 80 do século XX se tornou língua oficial, apesar de sempre ter sido a língua da larguíssima maioria da população até então. Ora, na época em que passou a ser a língua da administração galega, havia duas correntes: alguns especialistas defendiam que o galego era uma língua separada de todas as outras e que deveria usar uma ortografia e uma norma que, nas suas escolhas, a aproximavam de certas opções do castelhano. Por exemplo, o uso do «ñ» e do «ll». Uma outra corrente defendia que o galego devia aproximar-se mais do português — afinal tanto o galego como o português descendem duma mesma língua medieval. Esta última corrente, chamada reintegracionismo, defende, no fundo, que o galego e o português são variantes da mesma língua. Um dos grandes defensores do reintegracionismo, nessa época, era o filólogo e escritor Ricardo Carvalho Calero. Carvalho: era mesmo assim que ele escrevia o seu nome nos últimos anos, com uma ortografia muito próxima da portuguesa. Neste vídeo, vemo-lo a defender o galego com um sotaque muito diferente do nosso, mas com palavras e frases que mostram bem como o galego está próximo do português (atente bem nas palavras, não nos sons):

Nos anos 80, acabou por vingar a perspectiva que defendia o galego como uma língua separada do português — embora mesmo nesta corrente o português sempre tenha sido visto, em teoria, como boa fonte de vocabulário. O reintegracionismo, no entanto, não morreu, mantendo-se como corrente minoritária. É possível encontrar livros publicados tanto na ortografia oficial (uma larga maioria) como na ortografia reintegracionista. A relação entre os dois campos foi tensa durante muito tempo. Uns e outros defendem o galego e o seu uso, mas têm ideias diferentes sobre como proteger a língua.

Ora, apesar da diminuição do uso, o galego enquanto língua de cultura e literatura é reconhecido todos os anos no importantíssimo Dia das Letras Galegas — que é sempre no dia 17 de Maio. Todos os anos é escolhido um escritor ou figura galega que sirva de tema para as comemorações oficiais. Durante o ano, a Televisão da Galiza, o Governo Galego e as várias instituições da região organizam exposições, documentários, programas e tudo o que for possível para divulgar a figura escolhida. Previsivelmente, as figuras escolhidas não costumam estar enquadradas no campo reintegracionista.

Até este ano. A Real Academia Galega, instituição que regula a norma oficial da língua — norma que não é reintegracionista — escolheu precisamente Ricardo Carvalho Calero como figura de 2020. Este parece ser um passo, entre outros, de aproximação dos dois campos. Todos reconhecem que o galego precisa de protecção especial. Ora, saber que, em galego, é possível comunicar com os muitos milhões de falantes de português ajuda a dar prestígio social à língua.

Em Portugal, pouco ou nada ouvimos falar destas questões galegas. E, no entanto, o galego — em qualquer uma das suas variantes — está muito, muito próximo do português (em especial do português popular do Norte). Ou bem que é a mesma língua ou a língua mais próxima da nossa.


Leia também: «Estivéramos» é erro de português?


A nossa língua ou a nossa língua-irmã está a desaparecer aqui bem perto, a norte da fronteira. O galego de hoje em dia descende da língua que falavam os primeiros portugueses — e os galegos de então, claro. Faz parte da nossa história. Encontramos por lá palavras tão portuguesas e tão esquecidas como «asinha» (que os galegos escrevem, muitas vezes, «axiña»). Os galegos usam os nossos artigos, muitos dos nossos verbos, têm uma sintaxe arrepiantemente próxima da nossa. Até têm, vejam bem, a «saudade», assim mesmo, escrita desta maneira (também têm a «morriña», porque nisto das palavras há sempre lugar para mais uma).

Por isso, digo: o Dia das Letras Galegas — principalmente num ano em que homenageia um escritor que decidiu usar «lh» para escrever o seu nome e que defendia a aproximação ao português — é também um pouco nosso.

O que podemos fazer? Nada de especial: afinal, o galego só pode ser salvo pelos galegos. Mas podemos ouvi-los com mais atenção, usar a nossa língua quando conversamos com galegos, começar a conhecer um pouco melhor os nossos vizinhos do Norte, vizinhos que — quando não estão a falar castelhano — falam qualquer coisa que se não é a nossa língua é o diabo por ela.

Autor: Marco Neves

a origem da palavra «obrigado»

Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa, A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa e A Baleia Que Engoliu Um Espanhol.

Saiba mais nesta página.

Etiquetas: marco neves
ncultura

ncultura

Próximo
Concensual

«Concensual» é erro de português?

Comentários 1

  1. Pingback: «Concensual» é erro de português? | ncultura

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Recipe Rating




Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Publicidade

Subscrever Blog via email

Indique o seu endereço de email para subscrever este site e receber notificações de novos artigos por email.

Publicidade
NCultura Notícias

© 2022 ncultura
Contacte-nos em [email protected]

Navegar

  • Autores
  • Quem Somos
  • Estatuto Editorial
  • Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais

Siga-nos

Sem resultados
Ver todos os resultados
  • Início
  • Língua Portuguesa
    • Português
    • Poemas e Poesia
  • Histórias
    • História de Portugal
    • Curiosidades
    • Pessoas
    • Opinião
  • Receitas
    • Aperitivos e Petiscos
    • Receitas de Carne
    • Receitas de Peixe
    • Receitas Rápidas
    • Receitas Vegetarianas
    • Sopas
    • Bolos e Sobremesas
    • Truques e Dicas
  • Vinhos
  • Lifestyle
    • Vida Saudável
    • Moda e Beleza
    • Animais de Estimação
    • Limpeza e Arrumação
  • Viagens
    • Destinos e Viagens
    • Monumentos
  • Pensamentos
    • Pensamentos e Frases do Dia
    • Mensagens
  • Zodíaco
    • Horóscopo
    • Signos
  • Notícias

© 2022 ncultura
Contacte-nos em [email protected]

 

Loading Comments...