Língua Portuguesa: 20 das melhores Expressões Idiomáticas Portuguesas
“Torcer o nariz” “no tempo da outra senhora” é uma “coisa do arco da velha”. Conheça o significado de algumas expressões idiomáticas portuguesas.
As expressões idiomáticas estão presentes em todas as culturas e línguas caracterizando-se por ser difícil identificar o seu significado através, apenas, do sentido literal das palavras que as compõem.
Segue-se uma lista de expressões curiosas da língua portuguesa acompanhadas de uma breve explicação sobre o seu significado:
“Meter o Rossio na Betesga”
Esta é uma expressão tipicamente Lisboeta. A Betesga é a rua mais curta da cidade (com apenas 10 metros) e o Rossio uma grande praça.
Utiliza-se quando se quer dizer que um sítio é muito pequeno para o número de objectos ou pessoas que se quer pôr lá dentro, por exemplo.
“Torcer o nariz”
Esta vem geralmente acompanhada pelo gesto que sugere. Significa que não se concorda com uma ideia ou que já se sabe à partida que não se estará muito aberto a ela.
“No tempo da outra senhora” / “No tempo da Maria Cachucha”
Ambas designam coisas que são muito antigas, tão antigas que já não se pode precisar exactamente quando foram feitas ou sucederam. Outra expressão símile que também se pode utilizar é “Mais velho que a Sé de Braga”.
“Diz o roto ao nu!”
Baseada num conto de crianças, expressa a pouca moralidade do acusador respectivamente ao acusado. Se por acaso alguém critica uma outra pessoas mas a sua conduta respectivamente a esse comportamento também não é a melhor, utiliza-se este “dizer” para fazer notar a falta de moral de quem acusa.
“Chover a potes”
Esta quer dizer literalmente que está a chover muito. Como se potes cheios de água estivessem, literalmente, a ser despejados sobre nós, em períodos de chuva abundante. Usa-se apenas quando a situação está mesmo muito crítica.
“Nunca mais é Sábado”
Esta é para pessoas impacientes! Geralmente aplica-se quando algo está a levar muito tempo até suceder ou quando se está enfastiado e se quer que o tempo passe um pouco mais rápido.
“Tirar o cavalinho da chuva”
Não sei exactamente a génese deste ditame mas é muito usado actualmente em tom irónico. Aplica-se quando uma pessoa já está entusiasmada com uma ideia que tem e positiva em relação à resposta de uma terceira pessoa mas essa está completamente em desacordo.
Por exemplo, se um rapaz insinuar que já fez uma reserva num restaurante para marcar um encontro e a rapariga não estiver interessada pode usar esta expressão.
Também se usa muito com as crianças quando elas querem fazer qualquer coisa que ainda não é para a sua idade ou sem grande noção da realidade.
(cont.)
Boa tarde! Para uma das expressões citadas encontrei a explicação abaixo:
1. Quem tem boca vai a roma
Significado de Quem tem boca vai a Roma.
Expressão que significa que a pessoa deve se comunicar para atingir seus objetivos. É empregada erroneamente, pois o correto seria dizer “quem tem boca vaia (do verbo vaiar) Roma”
Mesmo sem saber direito como chegar ao evento, vou perguntando até achar, pois quem tem boca vai a roma.
O correto é QUEM TEM BOCA VAI À ROMA. Essa história de “vaia Roma” foi uma notícia falsa (que os brasileiros abobalhados chamam de fake news) e que saiu há pouco tempo, atribuída ao Prof. Pasquale Neto. Esta mesma notícia continha outras bobagens dizendo que o correto seria “corro de burro quando foge”, “esculpido em carrara”, “quem não tem cão caça COMO um gato” e outras bobagens assim.
Muito bem!
Sem crase, se faz favor.
Não são “bobagens”, Marcelo. Quase todas as expressões que designa como “bobagens” correspondem a versões originais dos provérbios. De resto, não é difícil perceber que qualquer delas faz mais sentido na sua versão “original”. Nomeadamente, a expressão “esculpido em carrara” deu origem a “cuspido e escarrado”, isto para significar que duas pessoas são muito parecidas. “Esculpido em [mármore de] Carrara” é algo que se percebe bem. “Cuspido e escarrado não faz sentido.”
Lágrimas de crocodilo é porque o crocodilo não chora e sim expulsa o excesso de sal através dos olhos…
A expressão tirar o cavalinho da chuva vem dos tempos em que quando se ia visitar a casa de um conhecido ou familiar deixava se o cavalo amarrado à entrada, se por acaso a visita fosse curta não era preciso ter muitos cuidados com o cavalo, mas se o dono da casa pedisse para ir guardar o cavalo no estábulo para o resguardar da chuva ou do vento, ou frio nesse caso podiam esquecer a ideia de que seria uma visita breve e que provavelmente ainda iam ficar lá algum tempo.
Alguém conhece o significado da expressão :
“Há mais marés que marinheiros”.