Homenagem às vítimas de Pedrógão Grande
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O incêndio mais mortífero dos últimos 50 anos em Portugal e que tirou a vida a 64 pessoas. Muitas foram as notícias, as reportagens, os apelos e os gritos por todo o país, o mundo inteiro ficou chocado com esta tragédia.
A TomarTV, uma televisão local do concelho de Tomar, tomou a iniciativa de produzir este vídeo como homenagem a todas as vitimas deste trágico acontecimento.
Antes, durante e depois
O incêndio de Pedrógão Grande provocou a morte de 64 pessoas e deixou mais de 200 pessoas feridas. O fogo continuou ao longo de vários dias, em que a contabilização dos estragos seguia a par do combate às chamas.
Era uma estrada como há tantas outras em Portugal. No passado mês de Junho, a estrada nacional 236-1 tornou-se na “estrada da morte”, o local onde 47 pessoas perderam a vida. Dezenas de famílias ficaram encurraladas na estrada que une Castanheira de Pêra a Figueiró dos Vinhos, servindo ainda de acesso ao IC8.
Os condutores não conseguiam seguir em frente, poucos conseguiram voltar para trás. Os populares e as autoridades dizem que o fogo chegou de forma repentina, que não era expectável que se produzisse aquele inferno em plena estrada nacional.
A outrora via rodeada por floresta verdejante e densa deu lugar a uma estrada cercada por uma floresta negra. No asfalto danificado, durante longas horas, permaneceram os carros destruídos.
A dimensão da tragédia ganhou ainda outro relevo com as imagens aéreas captadas pelo drone da RTP. Logo no domingo, os carros são rebocados, debaixo de um céu pintado a sépia, ainda sob forte influência do fogo que semeou a morte naquele troço de 500 metros.
A estrada tornou-se o palco principal da tragédia. Somaram-se as aldeias devastadas e as extensas áreas de floresta que desapareceram. O verde deu lugar ao cinzento.
O cenário repetiu-se nos dias seguintes. O fogo deixou uma floresta pintada a cinza, desfeita de árvores e vegetação. À entrada de Nodeirinho, duas viaturas e árvores caídas.
Ao longo das aldeias serranas, multiplicavam-se as imagens de casas destruídas, de telhados que desabaram. São aldeias carbonizadas, à espera dos habitantes que sobreviveram.
Os números revelados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas indicam que pelo menos 53.000 hectares foram consumidos pelo incêndio de Pedrógão Grande, que se “uniu aos de Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Penela e Góis”.
A extensa área de floresta queimada estendeu-se por diferentes concelhos, numa área marcada pela confluência dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco.
Perante o cenário de destruição, impôs-se um gigantesco esforço de reconstrução. Na agora chamada “estrada da morte” foi necessário remover e substituir o alcatrão, obrigando a que a circulação automóvel se fizesse de forma alternada. Noutros locais cortaram-se as árvores que, apesar das chamas, se mantiveram de pé.
A EDP procedeu à reparação da rede elétrica que ficou danificada pelo fogo. Em dezenas de aldeias da região, há casas destruídas. É preciso pôr mãos à obra, trabalhar para que os desalojados voltem a ter uma casa digna desse nome.
O incêndio de Pedrógão Grande matou 64 pessoas e deixou mais de 200 pessoas feridas. É o incêndio mais mortífero de que há memória em Portugal. Consumiu dezenas de milhares de hectares e colocou o país nas manchetes da imprensa mundial pelos piores motivos.
O efeito do fogo foi mesmo visível do espaço. As imagens captadas pela NASA revelam a dimensão do incêndio que atingiu a zona de Pedrógão Grande e permitiram constatar a evolução ao longo dos dias.
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