A subida do nível das águas é um dos efeitos das alterações climáticas. Mas qual será o impacto dessa subida nas cidades costeiras de Portugal?
Quando falamos em aquecimento global, falamos da subida da temperatura média de todo o planeta. Como consequência, há gases que se acumulam (os chamados gases de efeito estufa) e os problemas ambientais multiplicam-se.
Ao nível da saúde pública, alguns dos efeitos mais evidentes são o aparecimento de doenças, nomeadamente alérgicas, infeciosas e cardiorrespiratórias. A transmissão de vírus e bactérias através de parasitas e animais como os insetos também se torna mais fácil, fazendo com que doenças como o dengue e a malária se tornem mais frequentes em todo o mundo.
E Portugal? Como se posiciona neste contexto? É isso que lhe vamos explicar no presente artigo.
Efeitos das Alterações Climáticas: Cidades que podem desaparecer em Portugal

Apesar do aquecimento global ser um problema mundial, é certo que há continentes e países mais afetados do que outros, pelo menos a curto prazo.
Por exemplo, a Ásia tem sido um dos continentes a registar mais alterações climáticas, sobretudo em países como Bangladesh, Índia, Vietname, Indonésia, Tailândia e China (o principal emissor de dióxido de carbono para a atmosfera).
Além da indústria, os cerca de 145 milhões de cidadãos da China ajudam a explicar estas emissões, tornando este país numa zona de risco e que, por isso, precisa urgentemente de reduzir o aquecimento, de modo a salvaguardar o bem-estar de parte da sua população.

O que dizem estudos
Um dos estudos publicado na revista científica Nature Communications adianta que, neste momento, já há milhões de pessoas em risco, devido ao aquecimento global e consequente elevação do nível do mar e inundações costeiras.
Estas circunstâncias, assim como a concentração excessiva das comunidades humanas nas zonas muito baixas da costa, ameaçam as áreas ocupadas por mais de 10% da população atual de países como Bangladesh e Vietname.
Na prática, as alterações climáticas podem fazer com que até 2050 o nível da água do mar atinga os 7 metros e em 2100 já chegue aos 9. Quem acha estas previsões irreais, pode consultar ferramentas, como os mapas interativos disponibilizados pelo Climate Central, onde é evidente o impacto da subida do mar em todo o mundo.
Vídeo de: Cláudio Carneiro
O caso português
O aquecimento global está ainda a ser responsável pelo rápido degelo do Ártico e consequente subida do nível médio da água do mar. Tendo em conta a zona costeira portuguesa, não é difícil perceber que há várias cidades nacionais em risco de serem inundadas, caso o aquecimento global se continue a verificar.
Neste momento, de norte a sul do país, já é possível enumerar 24 regiões de risco.
Norte

Espinho
Confira o Mapa.
Matosinhos
Confira o Mapa.
Vila do Conde
Confira o Mapa.
Póvoa de Varzim
Confira o Mapa.
Esposende
Confira o Mapa.
Viana do Castelo
Confira o Mapa.
Caminha
Confira o Mapa.
Centro

Peniche
Confira o Mapa.
Nazaré
Confira o Mapa.
Figueira da Foz
Confira o Mapa.

Montemor-o-Velho
Confira o Mapa.
Ovar
Confira o Mapa.

Aveiro
Confira o Mapa.
Sul

Vila Real de Santo António
Confira o Mapa.
Faro
Confira o Mapa.
Olhão
Confira o Mapa.
Portimão
Confira o Mapa.

Lagos
Confira o Mapa.
Tróia
Confira o Mapa.

Setúbal
Confira o Mapa.

Costa da Caparica
Confira o Mapa.
Barreiro
Confira o Mapa.

Moita
Confira o Mapa.
Montijo
Confira o Mapa.

Nota: Apesar de Lisboa não constar na lista, a previsão é de que até 2190 a água do mar suba até 1.5 metros, submergindo assim zonas como Alcântara, Santa Apolónia e o Beato.
Para evitar este cenário, é preciso mudar urgentemente hábitos de vida à escala global, com especial foco nas regiões mais críticas e ameaçadas.
Apesar do papel determinante dos países mais desenvolvidos e, também, mais poluentes, é essencial que todos nós, no nosso dia a dia, sejamos capazes de fazer escolhas mais ecológicas e sustentáveis.
Andar a pé em vez de carro ou optar por transportes coletivos ou, ainda, veículos amigos do ambiente, como a bicicleta, são formas simples de contribuir para um planeta menos poluído, menos quente e menos ameaçado.
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A natureza a reclamar o que já lhe pretenceu. No caso da região do oeste entre Nazaré e Óbidos durante a época romana havia um mar interior que ia desde as varzeas do rio na Nazaré até à lagoa de Óbidos. A península de Peniche nessa época era uma ilha.