Eduardo Gageiro, retratos com histórias
Nasceu em Sacavém a 16 de Fevereiro de 1935. Empregado de escritório na Fábrica de Loiça de Sacavém de 1947 a 1957, conviveu diariamente com pintores, escultores e operários fabris, que o influenciam na sua decisão de fazer fotojornalismo.
Com 12 anos publica no Diário de Notícias, com honras de primeira página, a sua primeira fotografia.
Começa a sua atividade de repórter fotográfico no Diário Ilustrado em 1957.

Foi fotógrafo do Diário Ilustrado, O Século Ilustrado, Eva, Almanaque, Match Magazine, editor da revista Sábado, Associated Press (Portugal), Companhia Nacional de Bailado, da Assembleia da República e da Presidência da República. Trabalhou, nomeadamente, para a Deustche Gramophone – Alemanha, Yamaha – Japão e para a Cartier. Actualmente é freelancer.
É membro de honra do Fotokluba Riga (ex-URSS), Fotoclube Natron (ex-Jugoslávia), Osterreichisdhe Fur Photographie, O.G.Ph Viena (Áustria), Gold Year de Honra (Novi Sad, ex-Jugoslávia) e Excellence F.I.A.P. (Fédération Internationale de l’art Photographique – Berna, Suíça).
No II Congresso Internacional de Repórteres Fotográficos, realizado em S. Paulo, Brasil, em 1966, foi nomeado vice-presidente.
Mestre Fotógrafo Honorário da Associação de Fotógrafos Profissionais – 2009
Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II – Bélgica
Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Conheça uma pequena parte da sua magnífica obra:
Amália Rodrigues, 1971

“É a diva. Parece uma cena de cinema”
Carlos Paredes, 1938

“0 Carlos nasceu no mesmo dia que eu, apesar da diferença de idade. Esta fotografia é de um passeio que fizemos junto ao Tejo e saiu numa capa de um CD dele”
Eunice Muñoz, 1966

“Fiz esta fotografia para o Século ilustrado, a seguir a um ensaio geral. Pedia para dizerem uma cena só para mim. Isso é que era sorte”
Ferreira de Castro, 1968

“Foi tirada num hotel em Sintra, onde vivia uma temporada por ano!”
Gilbert Becaud, 1966

“Ele não tocava nada! É uma fotografia nos bastidores por brincadeira”
Gina Lollobrigida, 1968

“Foi numa festa da quinta Patino. Vi um carro entrar e entrei. Acabei entregue ao segurança”
Grace Kelly e Rainha Vitória, 1967

“Foi uma fotografia fácil, para a revista Eva”
Jaime Cortesão, 1962

“Não há muitas fotografias dele, por isso escolhi esta para a exposição”
Jorge de Sena, 1970

“Era um homem amargurado e isso transparece na fotografia. Tinha desgosto por não ser reconhecido em Portugal”
José Gomes Ferreira, 1982

“Após a entrevista, já numa conversa informal na conversa com o jornalista, apanhei-o assim”
José Régio, 1968

“Estava a convalescer de uma cirurgia num hotel do Rossio. Insisti para tirar esta fotografia”
José Cardoso Pires, 1984

“É uma fotografia de intimidade. Éramos grandes amigos”
António Spínola, 1974

“É a fotografia premiada pela World Press Photo em 1975”
Maria João Pires, 2000

“Conheci-a era uma menina precoce, com sete ou oito anos”
Maria Lamas, 1976

“Só depois do 25 de Abril é que veio para Portugal, daí a data da fotografia”
Mário Cesariny, 1963

“Foi na altura do grupo do Café Gelo”
Miguel Torga, 1985

“Em casa de um médico seu amigo, de meias, é invulgar. Não me quis dar um autógrafo num livro dele”
Orson Welles

“Era quase impossível de fotografar. Consegui duas fotografias no Guincho”
Raul Solnado, 1966

“Dois dias antes da inauguração da Ponte 25 de Abril. Foi capa do Século Ilustrado”
Rosa Ramalho, 1968

“Foi para o Século Ilustrado, num stand de artesanato no Museu de Arte Popular”
Rudolf Nureyev

“É uma das mais difíceis. Não queria ser fotografado. Esperei por ele e escolhi este enquadramento”
Salazar, 1962

“0 Rosa Casaco tem uma parecida, mais próxima. Ele estava sempre de olho em mim”
Sammy Davis, 1967

“É fotojornalismo puro e a luz era fantástica. Ele era muito expressivo”
Sophia de Mello Breyner, 1964

“É uma fotografia já exposta, com os carrinhos do Miguel (Sousa Tavares) no parapeito da janela”
Sylvia Koscina, 1965

“Não tiras fotos daí – disse ela, uma das maiores atrizes do Cinema Italiano de então, preocupada com o facto de o meu ângulo não lhe favorecer os olhos”
Sylvie Vartan, 1965

“Foi tirada no Teatro Monumental graças ao Vasco Morgado”
Vieira da Silva e Arpad Szenes, 1970

“Estavam em casa de familiares em Loures, ela muito revoltada com o país”
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