É português o Campeão do Mundo de Acordeão
Tem 18 anos e é algarvio. João Palma venceu a competição na Lituânia no dia 30 de setembro e sagrou-se Campeão do Mundo de Acordeão.
Depois da vitória alcançada na 71.ª Copa do Mundo de Acordeão, que terminou no domingo, na Lituânia, João Palma reagiu dizendo que foi um feito “muito gratificante” que “recompensa o esforço e a dedicação” para preparar a competição.

Natural de Loulé, concelho do distrito de Faro, João Palma tem 18 anos e tornou-se o “primeiro português a vencer na categoria” de virtuoso júnior, numa edição da Copa do Mundo da Confederação Internacional de Acordeão (CIA), entidade integrada no Conselho Internacional de Música da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e que tutela estas competições.

“É um trabalho em que é preciso estudar muito, e ser o primeiro português a vencer na minha categoria numa Copa Mundial é muito gratificante para o meu trabalho. Apesar de custar muito e dar muito, muito trabalho mesmo, é sempre bom reconhecerem o nosso valor nestes concursos”, afirmou João Palma à agência Lusa.

O acordeonista de Loulé adiantou que, na atualidade, os jovens da sua idade “preferem divertir-se com os amigos e ir à praia durante o verão”, atitude que não se coaduna com a exigência de uma prova de nível mundial como a Copa do Mundo, que conta com cem participantes selecionados, em representação de mais de 20 países, e onde o nível “é muito alto”, disse.
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Publicado por Nelson Conceição em Sexta-feira, 14 de Setembro de 2018
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“É uma Copa Mundial, existem nos diferentes países qualificações para saber se o concorrente está ao nível mínimo para concorrer, por isso todos os concorrentes têm um nível bastante elevado”, acrescentou João Palma, cujo futuro vai passar, no médio prazo, frisou, por uma “formação na vertente de jazz“, em Lisboa.
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“O jazz dá azo a muita criatividade e a pensar fora da caixa, que é aquilo que acho que neste momento faz falta à sociedade”, afirmou ainda João Palma, frisando que o acordeão é “um dos instrumentos mais versáteis” e que “podem ser tocados em jazz, na música popular, tradicional, e em quase todos os géneros”.
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