É um reconfortante regresso às origens viajar pelas 10 das aldeias mais bonitas de Portugal. As Aldeias de Portugal são das mais bonitas do mundo. Privilegiando o contacto com a natureza, com as populações e os modos de viver rurais, com as delícias gastronómicas e o artesanato regional, as Aldeias Portuguesas levam-nos a locais de sonho. Todas têm características únicas, com costumes e tradições que as tornam em lugares especiais. Algumas aldeias parecem nascidas da pedra e das rochas, onde a natureza e a população se fundem. Outras fazem lembrar presépios e ainda há aquelas que mantêm hoje na sua paisagem os traços visíveis de tempos idos.
Privilegiando o contacto com a natureza, com as populações e os modos de viver rurais, com as delícias gastronómicas e o artesanato regional, as Aldeias de Portugal levam-nos a locais incríveis onde, do lazer à tranquilidade e ao bem-estar, se acrescenta a possibilidade de fruição do país mais profundo e autêntico.
Aldeias rurais singulares envolvidas por paisagens idílicas, preservando um passado de tradições expresso no seu edificado, nas suas gentes, cultura, usos e costumes, na ruralidade e genuinidade tão viva em cada povoação.
Descubra 5 das aldeias mais bonitas de Portugal
Piódão

Incrustada na Serra do Açor (área de paisagem protegida), onde abundam panoramas deslumbrantes, nascentes e campos de pasto, a aldeia histórica de Piódão lembra um presépio pela forma harmoniosa como as suas casas estão dispostas em anfiteatro e que, à noite quando se acende a iluminação, formam uma das suas melhores imagens.

Do conjunto das pequenas casas de dois pisos destaca-se a igreja matriz dedicada a Nossa Senhora da Conceição, caiada de branco, com os seus singulares contrafortes cilíndricos, que a população erigiu no início do séc. XIX com os seus ouros e dinheiro.
Aldeia histórica sem protagonismo na História de Portugal, Piódão tornou-se conhecida em tempos mais recentes pela sua posição cenográfica encastelada na serra do Açor, motivo de sobra para merecer uma visita.
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Monsanto

Nas planuras da Beira interior, entre o sopé da Serra da Gardunha e o rio Ponsul, que formam na sua geografia, clima e fauna, a transição entre o Norte e o Sul de Portugal, ergue-se sobre uma alta penedia a aldeia histórica de Monsanto.
A aldeia oferece das paisagens humanas mais interessantes que se podem encontrar em Portugal. O aglomerado vai-se desenvolvendo sobre a encosta do cabeço aproveitando pedregulhos de granito para as paredes das habitações e em alguns casos um único bloco de pedra forma o telhado, razão por que aqui se diz que as casas são “de uma só telha”.

De entre o casario destaca-se a Torre de Lucano (séc. XIV) encimada por um galo de prata, troféu atribuído a Monsanto num concurso realizado em 1938 onde foi considerada a aldeia mais portuguesa de Portugal, pela autenticidade da sua cultura.
A difícil subida até ao castelo é largamente compensada por um dos mais deslumbrantes miradouros da região.
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Sortelha

Coroada por um castelo assente num formidável conjunto rochoso a 760m de altitude, Sortelha mantém intacta a sua feição medieval na arquitetura das suas casas rurais em granito.
Fazia parte da importante linha defensiva de castelos fronteiriços, edificados ou reconstruídos na sua maior parte sobre castros das antigas civilizações ibéricas e o seu nome deriva da configuração do terreno em rochedos escarpados que envolvem a aldeia em forma de um anel (sortija, em castelhano), tendo as muralhas sido erguidas também em forma circular.

O encanto desta aldeia reside na sua atmosfera medieval, onde as casas todas construídas em pedra de granito e geralmente de um só andar, se alicerçam na rocha e acompanham a topografia do terreno. Fora das muralhas cresceu uma outra aldeia moderna, infelizmente em moldes arquitetónicos desenraizados da tradição.
Em redor de Sortelha a paisagem tem a beleza rude das grandes pedras de granito e das matas de castanheiros que as acompanham. Na localidade de Casteleiro, na estrada para Belmonte, situava-se a estância medicinal das Águas Radium, que foram consideradas entre as mais radioativas do mundo.
Poderá ainda fazer um saudável percurso a pé seguindo a antiga via romano-medieval, por onde passavam os peregrinos para Santiago de Compostela.
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Figueira de Castelo Rodrigo

Do topo de uma colina, a pequena aldeia de Castelo Rodrigo domina o planalto que se estende para Espanha, a leste, até ao vale profundo do Douro, a norte.
Segundo a tradição, fundou-a Afonso IX de Leão, para doá-la ao conde Rodrigo Gonzalez de Girón, que a repovoou e lhe deu o nome.
Com o Tratado de Alcanices, assinado em 1297 por D. Dinis de Portugal, rei e poeta, passou para a coroa portuguesa.

Lugar de passagem dos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela, contam as lendas que o próprio S. Francisco de Assis aqui teria pernoitado na sua peregrinação ao túmulo do Santo.
Revolvida à sua quietude, Castelo Rodrigo merece uma visita pelas suas glórias passadas, pela beleza e limpidez do lugar, pelo seu casario intra-muros, pelo seu pelourinho manuelino e ainda pela comovente imagem de Santiago Matamouros guardada na igreja do Reclamador.
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Vilarinho de Negrões

Na margem sul da Albufeira do Alto Rabagão encontra-se Vilarinho de Negrões, uma das aldeias mais pitorescas de toda a região, pelo seu casario ainda relativamente preservado e, acima de tudo, por se encontrar sobre uma estreita e bela península – um pedacinho de terra poupado à subida das águas.
Vilarinho de Negrões é assim uma terra que se vê diariamente ao espelho e se distingue à distância pela sua perfeita simetria, uma espécie de Jardim do Éden português. Perto, situa-se a freguesia de Negrões, alma gémea, que possui um forno todo em granito.

É um monumento a contrastar com canastros esguios, onde o milho e o centeio se conservam. Prepare-se, a região do Barroso é diferente de tudo aquilo que alguma vez já viu!
Na calma da manhã é possível observar alguns mergulhões de crista e outras aves aquáticas que aqui costumam passar o Inverno, fugindo aos rigores das latitudes mais a norte; à medida que os primeiros raios de sol vão levantando, o nevoeiro e os vizinhos humanos começam a acordar, afastam-se para uma pequena ilhota deserta formada por um enorme penedo.
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Drave

Esta é uma aldeia especialmente encantadora, pois encontra-se abandonada, melhor dizendo, desabitada. No entanto, revela-se um destino turístico bastante procurado, pela magia, pelo imaginário.
Ela encontra-se perfeitamente enquadrada na Natureza que a abraça. Estar nela é realizar uma viagem no tempo. Sem os luxos dos tempos modernos (eletricidade, água canalizada, saneamento, gás, lojas, restaurantes), esta aldeia representa uma experiência única, um tesouro que se encontra no famoso Geoparque de Arouca, presente no distrito de Aveiro.
A primeira referência a Drave é do tempo do reinado de D. Dinis, no século XIV. Esta aldeia deixou de ser habitada há mais de uma década. Atualmente, Drave tornou-se numa atração turística, muito por responsabilidade do Corpo Nacional de Escutas (CNE) que a adquiriu em 1995, tendo realizado diversos trabalhos de reabilitação nesta aldeia.
Vídeo de: CN STUDIO
Ucanha

Esta aldeia vinhateira revela-se uma experiência encantadora. Terão sido os romanos os primeiros povos a instalar-se por aqui, aproveitando as terras férteis do vale do Varosa, tendo feito pequenas explorações agrícolas.
As ruínas românicas da Abadia Velha representam uma das grandes atrações de Ucanha. Ucanha integra o concelho de Tarouca, sendo a vila mais antiga das redondezas. O seu nome é estranho, Ucanha, termo que remete para um vocábulo que pode designar casebre ou, então, lugar de diversão.
É uma aldeia que permite momentos relaxantes. Quem por lá passa gosta de ver a Ponte Fortificada, uma referência obrigatória que serve como ponto de passagem sobre o Rio Varosa e a Torre de Portagem, sendo esta torre um Monumento Nacional.
Existem outras atrações, como a Igreja Matriz de São João Evangelista (datada do século XVII). Quem procura experiências distintas, pode sempre explorar as Caves da Murganheira e apreciar o seu famoso espumante.
Vídeo de: 360portugal | Portugal visto de todos os ângulos
Belmonte

Belmonte é outra aldeia deslumbrante, tendo diversas curiosidades, monumentos e beleza. Quem por lá passa marca viagem de regresso.
Esta aldeia encontra-se ligada aos Descobrimentos Marítimos Portugueses, tendo por lá nascido Pedro Álvares Cabral, navegador que ficou para a história de dois países irmãos, pois foi a pessoa responsável pela descoberta do Brasil, ao comando da segunda armada que partiu rumo à Índia, em 1500.
Em Belmonte, há uma estátua em sua homenagem, inaugurada em 1961. Na aldeia histórica que integra o distrito de Castelo Branco, pode viver-se uma experiência reparadora, usufruindo da tranquilidade e beleza locais.
A Torre Centum Cellas ou a Villa da Quinta da Fórnea tornam evidente a presença romana em Belmonte, tal como é notória a presença judaica em Belmonte, fruto da sua história, pois foi graças à fixação dos judeus que houve um maior desenvolvimento local.
A Sinagoga Bet Eliahu é uma das atrações locais, mas há outras, tais como: Museu Judaico em Belmonte e o Castelo de Belmonte (que foi construído no século XII, tendo servido como residência da família Cabral!) que foi declarado como Monumento Nacional em 1927. O Solar dos Cabrais, onde se encontra o Museu dos Descobrimentos, revela-se outro destaque local.
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Vale de Poldros

Esta aldeia, que integra o concelho de Monção, encontra-se a 1200 metros de altitude. Por lá, poderá contemplar uma bela paisagem, que permite o acesso a uma vista deslumbrante da serra da Peneda.
No entanto, a beleza em visitar esta aldeia está na própria experiência, pois nela só vive um homem. Nesta aldeia, há um restaurante que se revela a única coisa que traz vida a uma aldeia que foi abandonada por todos, menos por um. Por isso, há muito silêncio.
O restaurante tornou-se numa atração para quem está de passagem, pois a comida é boa, o proprietário (o Sr. Fernando Gonçalves) é simpático e a experiência é única. Como a experiência em si já será silenciosa, recomenda-se que leve companhia! No mundo atual, em que as redes sociais permitem conceder grande popularidade a espaços como este, esta bela aldeia passou a ser conhecida como “a aldeia dos hobbits”.
Aproveite os seus encantos, explore o verde da paisagem, contemple a beleza encantadora das montanhas e vales que contrastam com as construções em pedra. Visitar esta aldeia representa viver uma experiência singular, onde a ruralidade local retrata a vida de outros tempos.
Vídeo de: Portugal visto do Ceu
Travancinha

A aldeia típica da Travancinha proporciona uma experiência encantadora para os adeptos do turismo rural. Este local permite realizar o merecido e indispensável descanso em plena harmonia com a Natureza.
No turismo rural, há que usufruir ao máximo dos encantos naturais da aldeia e realizar algumas atividades que permitem gozar bem do tempo que tem à sua disposição. Entre os seus maiores pontos de interesse estão a bela Calçada Romana, que fazia parte da estrada romana (da antiga Via Araocelum ad civitas Bobadela) que ligava Mangualde (araocelum) à Bobadela (municipium).
Existem ainda diversas construções religiosas (tais como: Igreja Matriz; Capela Nossa Senhora da Ajuda; Capela Nossa Senhora da Saúde; Capela Nossa Senhora das Virtudes, Capela São Sebastião) ou outras construções importantes, como a Casa da Câmara ou a Casa da Comenda da Ordem de Avis.
Vídeo de: Miguel Pedro Ramos da Fonseca
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Minha profissão foi ate me reformar a de Técnico de Turismo e tive o privilégio de conhecer o nosso país de norte ao sul e da beira mar á fronteira com a nossa vizinha Espanha.
Existe alguma tour que eu possa visitar as aldeias portuguesas?