Situado em Oldrões, no concelho de Penafiel, na região Norte do País, o Castro de Monte Mozinho, também conhecido por Cidade Morta de Penafiel, é um dos grandes tesouros arqueológicos do País. Localizado num outeiro destacado de suave declive, sobranceiro à ribeira de Camba, afluente do rio Sousa, constituiu um importante ponto estratégico de defesa e observação do território.

As escavações arqueológicas e estudo deste importante património têm-se sucedido desde a década de 1930, existindo igualmente um recente projecto museológico de preservação, dinamização e divulgação do espaço. Os estudos têm demonstrado que este terá sido um povoado castrejo de época romana, fundado no século I d.C. mas com uma ampla cronologia de ocupação, chegando mesmo a atingir o século V.

O castro seria fortificado com três linhas de muralhas e uma área habitada de cerca de 22 hectares, tendo sofrido várias reformulações, observáveis nos diversificados tipos de construção. No Museu Municipal encontram-se actualmente duas estátuas de guerreiros galaicos que estariam na entrada na muralha do século I. Na área urbana exterior à primeira muralha apresenta-se um ‘podium’ de um pequeno templo, na rua principal, e já fora do espaço urbano, destaca-se uma necrópole.

O numeroso material recolhido inclui fragmentos de cerâmica da Idade do Ferro, cerâmica comum romana de importação, vidros, uma ampla colecção de moedas, bem como alfaias agrícolas e armas, objectos de adorno, joalharia em prata, apresentando-se este espólio repartido entre os Museus Municipal de Penafiel, o de Etnografia e História do Porto e o de Antropologia da Universidade do Porto. O Castro de Monte Mozinho está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1948.