Castelinho: Quem tem medo dos fantasmas do Estoril?
Diz-se que há fantasmas em várias casas ao longo da linha de Cascais. Mas nenhuma será tão charmosa como o Castelinho. E estas paredes contam muito mais do que histórias de terror…
— Epá, pareceu-me que a janela ainda agora estava aberta.
— Não estava nada. Estás a ver coisas.
Não é preciso grandes teimas. Uma olhadela rápida à máquina fotográfica e esclarecemos já o assunto. Nada. Janelas bem fechadas. Nem sinal de movimento.
— Mas agora está aberta, não há dúvida!
Pois é, agora não há volta a dar: a janela está escancarada. Mas logo se fecha abruptamente. Temos fotografias para comprovar o fenómeno. Fazemos zoom e nada. Na janela aberta, não se vê vivalma, só negrume. Abre-se de novo a caixilharia de alumínio, fecha de repente e vem de lá a correr um gato cinzento a toda a velocidade. Nós não acreditamos em bruxas, pero que las hay…

Pensar em fantasmagorias junto ao mar azul de São Pedro do Estoril parece quase criminoso. A vista para o Atlântico, para a baía de Cascais e para a Outra Banda não trazem assombrações à memória, só o sonho de dias mais quentes e felizes.
Ainda assim, nesta moradia semelhante a um castelo que se debruça sobre os penhascos, consta que há fantasmas. E aquela janela… Tocamos à campainha, ninguém responde. Deve ter sido só o vento…

Esta casa chama-se Castelinho Nossa Senhora de Fátima e presta-se a histórias de fantasmas, tal é a arquitetura do local. Foi vendida por cerca de três milhões de euros. E, a acreditar nas histórias que correm entre os moradores da linha de Cascais, vem com o extra de uma assombração.
Mas há várias versões. Ricardo, 32 anos passados no Estoril, sempre ouviu que, um dia, “uma miúda dançava na berma da casa e caiu ao mar”. Desde então, “dizem que por vezes se vê a miúda a dançar” à beira da falésia, explicou.

Ricardo nunca viu nada, mas José Castelo Branco diz que sim. O socialite já revelou em várias entrevistas que esteve quase a comprar o Castelinho em 1983, mas bastou-lhe uma visita ao local para desistir da propriedade.
(cont.)
No Verão passado, estacionei aí e vi que o restaurante Choupana Gordinni tinha fechado e que diversos gatos famélicos deambulavam perto da entrada… Que também andassem pelo Castelinho, que fica ao fundo do mesmo caminho, seria de todo natural.