Antártida, 10 coisas que provavelmente desconhece
Você sabia que, na realidade, a Antártida é um deserto? Descubra 10 coisas que provavelmente desconhece sobre o continente gelado!
A Antártida possui aproximadamente 14,1 milhões de quilómetros quadrados de extensão, no entanto, no período de inverno, esta área pode chegar aos 26 milhões de quilómetros quadrados em consequência do congelamento da água em redor.
Este continente possui 98% da sua área coberta por uma camada de gelo, com espessura de 2 quilómetros e um volume de 30 milhões de quilómetros cúbicos.
É uma área de fundamental importância, pois é lá que estão presentes 70% das reservas de água doce (em glaciares) do planeta e o seu descongelamento altera diretamente o nível dos oceanos, causando um desequilíbrio ambiental.
1. A Antártida, na verdade, é um deserto
Quando pensamos na Antártida, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a imagem de um lugar coberto de gelo, aparentemente húmido, que em nada lembra os desertos onde são registadas altíssimas temperaturas; só que os desertos não são feitos apenas de dunas de areia: o continente antártico tem regiões extremamente secas, insanamente hostis ao aparecimento de vida.
2. Tentar atravessar o continente pode ser fatal
Em janeiro, o explorador britânico Henry Worsley morreu, em virtude de uma falência múltipla dos órgãos, enquanto tentava cruzar sozinho o continente gelado. Em 71 dias, ele tinha percorrido 1469 quilómetros, e restavam menos de 50 para que ele concluísse esta perigosa jornada.
3. Todos os anos, o continente perde 60 quilómetros cúbicos de gelo
A taxa de degelo no continente tem aumentado drasticamente desde o início da década: estima-se que a perda de gelo, anualmente, seja de cerca de 60 km³ — praticamente o abastecimento de água no Reino Unido para um ano.
4. No inverno, o seu litoral praticamente dobra de tamanho
No inverno, por causa da drástica diminuição da temperatura, a água que está ao redor do litoral da Antártida fica congelada, fazendo com que a superfície do continente quase dobre de tamanho.
5. Apesar de ser o lugar mais frio do planeta, as temperaturas médias na Antártida aumentaram mais bruscamente do que no resto do mundo
Nos últimos 50 anos, a temperatura média do continente aumentou cerca de 3 °C — um acréscimo que aconteceu cerca de dez vezes mais rápido do que no resto do mundo.
6. Para os especialistas, a razão para o descongelamento do gelo poderá ser o aumento da temperatura do mar
Segundo um estudo sobre a perda de gelo na Antártida, o acelerado degelo glaciar é motivado pela subida da temperatura dos oceanos, uma vez que os cientistas não encontraram no continente indícios de aumento na temperatura ou diminuição na quantidade de neve.
7. Caso ocorresse um eventual colapso no manto de gelo antártico, ilhas e cidades do litoral ficariam submersas
Outro estudo publicado recentemente sugere que o descongelamento do manto de gelo na Antártida Ocidental poderia elevar cerca de 3 metros o nível do mar em todo o planeta, deixando ilhas e cidades costeiras debaixo da água.
8. Tem sido cada vez mais difícil para os animais endémicos da Antártida conseguir alimento
Este pequeno crustáceo chamado krill está na base alimentar de diversas espécies de animais que habitam o continente antártico, como os pinguins, as focas e as baleias.
Especialistas acreditam que a subida da temperatura, o aumento da acidez dos oceanos e, em certa medida, a pesca predatória, têm afetado a dieta dos animais da região e reduzido ainda mais as suas chances de sobrevivência.
9. Nova base de pesquisa do Brasil no continente deve ficar pronta em 2018
Como deve saber, nenhuma nação do globo pode exercer sobre a Antártida qualquer poder político ou explorá-la economicamente, sendo permitida somente a realização de estudos científicos.
A base de pesquisa do Brasil, chamada Comandante Ferraz — destruída por um incêndio quatro anos atrás —, deve ser substituída por esta instalação, que, nos seus 4,5 mil m², vai abrigar 17 laboratórios, biblioteca, ambulatório, área de convívio e alojamento para até 64 pessoas.
10. O iate de um brasileiro que naufragou na Antártida
Em 2012, o jornalista João Lara Mesquita apanhou um grande susto enquanto navegava pelas perigosas águas antárticas: devido ao acumular de gelo em redor da sua embarcação e pelas condições climáticas desfavoráveis, o iate em que ele e mais três tripulantes estavam, afundou.
Na altura ele estava a gravar um documentário sobre o continente gelado. Felizmente, todos foram resgatados sãos e salvos e levados para a base chilena que ficava próxima do local do naufrágio.
Autor: Willian Aust
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