“Podia ter sido outro político qualquer, ele era só o capitão do barco. O problema deve ter sido o azulejo, se tivesse escrito numa parede que alguém é mentiroso já não havia problema nenhum. Por outro lado, é engraçado que seja fácil ir destruir seis azulejos bem feitos, mas depois não se arranjem os edifícios que têm as fachadas a cair”, comentou.

Estrangeiro e radicado no Porto há 27 anos, o artista diz adorar azulejos e define-se como um autor de arte pública, mais do que como um activista político. “Mas é normal que a arte pública procure uma reacção e, nesse sentido, é também política”, diz, acrescentando esperar que o novo painel não seja também destruído pela autarquia. “Não têm razão nenhuma para retirar este”, considera.

O nome aportuguesado da famosa universidade francesa de Montpelier, tão ligada à história da cultura nacional na idade Média e no Renascimento, foi dado há poucos anos ao Largo da Picaria, que por sua vez substituíra o primitivo de Largo da Conceição… (“Toponímia Portuense” de Andrea da Cunha e Freitas)