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Muitas vezes, com o passar dos anos os restaurantes acabam por se desleixar na confeção de pratos que lhes trouxeram a fama, mas a Regaleira soube recuperar o esplendor da Francesinha e esta é das melhores que já comemos.
A diferença começa logo pelo pão que envolve a sanduíche. O pão bijou de cinco quinas não empapa todo como o de forma e mantém o seu sabor. As carnes são muito boas e na boca sentem-se os aromas que lhe são emprestados pela lenha em que grelham. E isso faz toda a diferença.
Como curiosidade, refira-se que a Regaleira manteve-se fiel aos seus fornecedores e a salsicha e a linguiça frescas que entram no prato são compradas hoje no mesmo local onde o eram em 1952, a Salsicharia Leandro, no Bolhão. Também o pão é há décadas comprado na Padaria Taboense, hoje Infante Santo.
Até a malagueta essencial ao prato vem do mesmo produtor desde sempre. “Compramos desde 1952 toda a produção de um produtor de Mesão Frio e depois secamo-la aqui”. Mantendo-se fiel a quem ajudou a francesinha a tornar-se no prato ícone do Porto, a Regaleira honra esta história de sucesso.
Autor: Jorge Montez
Fonte: Portugal de lés a lés
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