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É por isso que as outras Francesinhas não são consideradas concorrência. “Somos convidados para todos os festivais, porque a origem do prato é consensual, mas nunca vamos a nenhuma. É aqui que se faz a verdadeira Francesinha”, mesmo que outros se possam orgulhar de ostentar cartazes a dizerem que “são as melhores”.
“Muitas vezes dizem-nos que devíamos ter registado o molho, mas ainda bem que não o fizemos, porque assim estamos na história do Porto, o que é uma honra e um orgulho”. Todos os dias, pela manhã, “há mais de cem pessoas que entram pelo restaurante porque fazemos parte dos roteiros turísticos e os guias trazem-nos cá”.
E sempre que é pedida, a história do nascimento da mais conhecida e apreciada das sanduíches portuguesas é contada. “A maior parte das vezes, são os empregados que a contam e as pessoas ficam contentes por estarem no local onde a Francesinha nasceu”.
É por isso que a Regaleira está a começar um pequeno espaço expositivo sobre a história do pitéu e do próprio restaurante. “Muitas vezes as pessoas – mesmo os estrangeiros – chegam cá porque se informaram e sabem que foi aqui que a Francesinha foi criada, mas estamos à procura de mais fotografias para que lhes possamos dar mais contexto”.
Passado e futuro da Regaleira
A Regaleira nasceu em 1935 no edifício da Rua do Bonjardim – onde ainda hoje se encontra – pela mão de Abrantes Jorge e António Passos. “É um dos mais antigos restaurantes do Porto”. Abrantes Jorge era um homem com vários hotéis na cidade. Com o seu genro António Passos decidiu abrir um restaurante, não se sabendo quem desafiou quem.
(cont.)