Será sempre difícil encontrar palavras que definam um povo onde cabem e existem sensibilidades e formas de estar muito diferentes. No caso do povo português, mais difícil se torna porque, afinal de contas, somos um povo muito diferente entre nós próprios e, ao mesmo tempo, com uma cultura única apesar de variada, com tantas formas de pensar e de sentir mas com o mesmo desígnio nacional e algo único que nos une. Esta é a nossa lista. Concorda?
Saudade:
Diz a lenda que o termo foi cunhado na época dos Descobrimentos portugueses e do Brasil colónia, quando esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou acções.
Melancolia:
Sigmund Freud, nos seus estudos sobre o superego, deparou-se com algo conhecido na época como melancolia. Segundo Freud, a melancolia assemelhava-se ao processo do luto, mas sem haver necessariamente uma perda (senão uma perda narcisista).
Fado:
A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, destino, é a mesma palavra que deu origem às palavras fada, fadario, e “correr o fado”. Uma explicação popular para a origem do fado de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos.
Universalidade:
O povo português espalhou-se cedo pelo mundo. Primeiro durante as descobertas, depois devido à emigração, sempre em busca de melhores condições de vida.
Hospitalidade:
Durante séculos, os portugueses mantiveram contactos frequentes com as mais variadas culturas. Hoje, isso reflecte-se na nossa forma de acolher quem nos visita. Gostamos que os turistas se sintam como em sua casa.