Há três representantes de Portugal nas 36 estações de comboio mais bonitas do mundo. Algumas podem ser verdadeiros destinos turísticos.
A Condé Nast Traveller é uma revista internacional que tem grande reputação na área das viagens. Ajuda viajantes de todo o mundo a escolher destinos de férias memoráveis. A versão espanhola desta revista publicou um artigo que dá a conhecer estações de comboio memoráveis.
Sendo referido no artigo “Las estaciones de tren más bonitas del mundo” que as estações de ferroviárias são uma das razões pelas quais gostamos de viajar de comboio, elas permitem que se seja recebido em grande estilo. Há pelo mundo inteiro estações de comboio verdadeiramente surpreendentes, algumas até parecem palácios.
O poeta Jacques Réda chamou a determinadas estações de comboios de castelos das correntes de ar. No presente artigo, iremos viajar por algumas das estações que proporcionam experiências imperdíveis. Fique a conhecer as mais bonitas estações de comboio do mundo. Há três representantes de Portugal!
As 36 estações de comboio mais bonitas do mundo. Há 3 em Portugal

1 – Grand Central Terminal, Nova Iorque (Estados Unidos)
Esta será a estação de comboio mais famosa do mundo. Há muitas pessoas que defendem que se trata mesmo da estação de comboios mais bonita do planeta. Diz-se que há determinados dias em que há mais turistas que passam pela estação do que aqueles que entram efetivamente num comboio, o que diz muito do interesse que esta estação gera.
O seu telhado estrelado representa as constelações. A fachada Beaux Arts, com Minerva, Hércules e Mercúrio desperta paixões. No ano de 1968, estavam prestes a demolir este espaço para levantar um arranha-céus.
No entanto, felizmente, formou-se uma onda em sua defesa. Este movimento foi liderado por Jacqueline Kennedy Onassis e pelo arquiteto Philip Johnson. Desta forma, conseguiu-se salvar este espaço que em 2013 completou 100 anos.

2 – Estação Central de Colónia, Colónia (Alemanha)
A estação de Colónia integra este ranking, porque conta com uma pequena ajuda: a presença da imponente Catedral da cidade a poucos passos de distância revela-se um elemento essencial para tornar este espaço memorável.
A Catedral permite criar uma atmosfera única. A sua estrutura envidraçada concede beleza à estação. O seu interior remete-nos para o século XIX, graças à sua estrutura em ferro, onde se destacam três arcos nas plataformas.

3 – Chhatrapati Shivaji Station, Mumbai (Índia)
Mumbai tem como estação ferroviária um palácio gótico. Este espaço foi inaugurado em 1887 como Victoria Terminal. Esta estação foi nomeada desta forma em homenagem à Rainha Vitória, a Imperatriz da Índia na época.
Posteriormente, em 1996, o seu nome foi alterado para Chhatrapati Shivaji. Essa mudança surge numa iniciativa do governo que queria renomear todos os monumentos de origem britânica no país com nomes indianos.
O perfil desta construção foi projetado pelo arquiteto Fredrick Williams Stevens. Este projeto foi inspirado no mundo medieval europeu, num renascimento tipicamente vitoriano. A estação apresenta ainda um toque indiano. Foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.

4 – Los Angeles Union Station, Los Angeles (Estados Unidos)
Com as paredes caiadas de branco e com a grande torre Los Angeles Union Station parece mais uma igreja do que uma estação. No entanto, a Union Station de Los Angeles é uma instituição, quando se trata de estações de comboio.
Tem um grande tamanho, no entanto, em comparação com outras estações do país onde se encontra, até pode ser pequena. O grupo de arquitetos responsável por construir a estação que foi inaugurada em 1939 recorreu a diferentes estilos, nomeadamente o colonial holandês ou o Streamline Modern.
Por isso, o edifício apresenta um ar casual com pisos em terracota e mármore travertino e dois pátios paisagísticos que se encontram em ambos os lados da sala de espera. A estação foi usada em muitos filmes (como Pearl Harbor, Speed ou Blade Runner) e não é surpreendente porquê. Trata-se de uma estação que se encontra na cidade do cinema.

5 – St. Pancras Station, Londres (Reino Unido)
A estação de St. Pancras é um dos edifícios monumentais mais notáveis de Londres. Foi em 1868 que esta estação foi construída com o propósito de ligar East Midlands e Yorkshire com a capital. Este espaço apresenta todos os avanços técnicos que a Revolução Industrial permitiu.
Em 1873, a estação foi unida por um hotel, o Midland Grand Hotel. Esta operação desenrolou-se até 1935. No entanto, até 2011, os quartos do hotel permaneceram vazios. Alguns deles até foram usados como escritórios, por isso ficaram conhecidos como “as câmaras de St. Pancras”.
Contudo, um novo projeto permitiu recuperar essa parte do edifício. Por isso, atualmente, já se pode dormir ao lado da estação, no novíssimo St. Pancras Renaissance London Hotel.

6 – Estação Porto de São Bento, Porto (Portugal)
A estação de São Bento, no Porto também foi destacada no artigo da revista espanhola. No interior desta estação, encontram-se 20 mil azulejos. Jorge Colaço, começou a trabalhar em 1906 para cobrir as paredes desta estação de comboios.
Alguns dos episódios nacionais que o artista escolheu para decorar o átrio foram a entrada no Porto do rei João I com a sua esposa Filipa de Lencastre (em 1387) ou a conquista de Ceuta (em 1415). Apesar do primeiro comboio ter chegado em 1896, só em 1916 é que a estação foi oficialmente inaugurada.

7 – Atocha Station, Madrid (Espanha)
A estação de Atocha foi construída no estilo continental mais puro, criada em ferro forjado como as grandes Gares de Paris. Esta estação apresenta um tamanho maior do que o de muitas estações europeias. Em 1892, a estação foi inaugurada com o nome de Estação do Meio-Dia. No entanto, desde então, a estação não parou de crescer.
Durante a Guerra Civil, esta estação foi um objetivo militar de primeira ordem. No entanto, nunca sofreu danos irreparáveis. Em 1992, o complexo passou por uma reforma abrangente com a chegada do comboio de alta velocidade.
É possível encontrar um jardim tropical no seu interior. O seu pequeno jardim tornou este espaço particularmente popular entre os amantes das estações de comboio.

8 – Estação Central de Antuérpia, Antuérpia (Bélgica)
Luis Delacenserie foi o responsável por este projeto. Por isso, o arquiteto deve ser considerado um herói na Bélgica. Graças a este homem, Antuérpia tem uma das estações mais bonitas do planeta.
Parece que uma bela explosão de Beaux Arts cobre toda a estação. A beleza espalha-se desde a sua magnífica sala de espera até à sua imponente fachada. Outro elemento icónico é o arco monumental que recebe os passageiros que descem do comboio.
Este espaço encantador foi construído em 1905 como a parte final da linha Bruxelas-Mechelen-Antuérpia. Atualmente, a estação continua a servir como uma entrada de comboio para a cidade.

9 – Estação Marunouchi, Tóquio (Japão)
A Estação Marunouchi de Tóquio está bem localizada. Encontra-se perto do Palácio Imperial e do movimentado bairro de Ginza. A estação apresenta-se imponente num curioso estilo ocidental.
A estação foi parcialmente destruída durante a Segunda Guerra Mundial. A Estação Marunouchi foi reconstruída em dois andares em vez de três. Na reconstrução, optou-se pelos telhados de duas águas para substituir as suas famosas cúpulas.

10 – Gare du Nord, Paris (França)
J. Hittorff construiu a Gare du Nord, em Paris, entre 1842 e 1865. Ele sentiu-se inspirado no esquema clássico dos banhos romanos. A Gare du Nord apresenta uma fachada monumental adornada com nove estátuas. Estas estátuas simbolizam as cidades que se ligavam na época com a rede ferroviária da estação.
Atualmente, Londres está ligada à estação. Esta é a porta de entrada do Eurostar, o comboio que liga as duas capitais através do túnel que permite atravessar o Canal da Mancha.

11 – Estação Central de Pequim, Pequim (China)
Esta estação apresenta uma fusão da arquitetura tradicional chinesa e do estilo predominante nos anos 50 do século passado.
A nova Estação Central de Pequim substituiu uma que tinha sido erguida em 1903. A razão para a sua construção era clara: mostrar ao mundo como era a República Popular da China dez anos após a Revolução Cultural.
Em 1959, os trabalhos do projeto iniciaram-se. O complexo monumental ainda pode ser admirado. No entanto, a abertura de uma nova estação em 1996 (presente a ocidente) fez com que diminuísse o uso desta estação.

12 – Estação de Quioto, Quioto (Japão)
A estação de comboios de Kyoto parece um porto espacial. Visto de fora, é evidente o contraste da estação com o ambiente antigo de Quioto. Parece que uma série de cubos de vidro e aço emergem da terra.
No momento da sua construção, a controvérsia disparou. Os detratores ferrenhos entraram em pé de guerra e defenderam que a estação seria uma cicatriz no mapa da cidade. Contudo, com a estação, a modernidade chegou também a outras partes da cidade que conseguiram conjugar tradição e futurismo em Kyoto.
Esta é a quarta estação localizada no mesmo lugar. Ela reúne todos os brinquedos tecnológicos que a tecnologia japonesa deu ao mundo. Por isso, proporciona uma experiência singular.

13 – Union Station, Washington (Estados Unidos)
Na estação de comboio de Washington, encontram-se estrelas e listas em mármore, um efeito patriótico comum nos E.U.A. Esta estação foi construída em 1907.Ela permitiu ligar a capital (Washignton) às linhas de Baltimore e Ohio.
O arquiteto responsável pela construção desta estação foi Daniel H. Burnham. Para o projeto da Union Station, este arquiteto inspirou-se na arquitetura clássica, apresentando-a na mesma linha dos edifícios oficiais de Washington.
O Arco do Triunfo de Constantino foi o exemplo para a entrada monumental da Estação. As Termas de Diocleciano inspiraram o salão interior, com 96 metros de altura. Este salão encontra-se decorado com esculturas alegóricas, no mais puro estilo Beaux Arts.
Em 1953, a estação sofreu o único acidente da sua história, quando um comboio não conseguiu travar e bateu no corredor. Felizmente, não houve feridos. Os passageiros do comboio até pensaram que tinha sido simplesmente uma paragem difícil.

14 – Canfranc International Station, Huesca (Espanha)
O rei Alfonso XIII (de Espanha), com Gaston Doumergue (o presidente da República Francesa), inaugurou a grande estação que se encontra em Canfrac, perto da fronteira com a França. Esta estação de espírito internacional permitia unir ambos os países através dos Pirenéus.
Atualmente, mal opera ligações regionais com Zaragoza e parte das suas instalações encontram-se vazias. Durante a Segunda Guerra Mundial, a linha internacional teve o tráfego de viajantes fechado. O trânsito foi controlado pelo exército nazi quando ocupou França. Hoje em dia, a estação pertence ao governo de Aragão.

15 – Estação King’s Cross, Londres (Reino Unido)
A estação de King’s Cross foi erguida em 1852, no mesmo lugar de um hospital que tratava febres e varíola. Esta estação apresenta um perfil singular. É feita de tijolo e ferro. Com a extensão iniciada em 2005, a estação foi parcialmente transformada. A operação concedeu à estação um salão futurista.
O edifício fica ao lado da estação ferroviária de St. Pancras, já falada neste artigo. A proximidade é de tal ordem que ambas as estações podem ser consideradas como estando a formar o mesmo complexo ferroviário.
Os livros de J. K. Rowling mencionam esta estação. O expresso que levou Harry Potter para a escola Hogwarts passa por esta estação.
Há uma lenda local que diz que esta estação encontra-se no local onde ocorreu a batalha final da rainha Boudica contra os romanos. Há até quem defenda que o corpo da monarca repousa em algum lugar da estação.

16 – Michigan Central Station, Detroit (Estados Unidos)
Esta estação é considerada uma das estações mais bonitas do mundo. No entanto, encontra-se abandonada… Esta estação nasceu como uma grande promessa de prosperidade para a cidade. A Estação Central de Michigan encontra-se um pouco longe do centro. Por isso, a estação permitiu uma revitalização da área, permitindo criar um segundo centro nervoso na cidade.
No entanto, o grande golpe não surtiu o efeito desejado. O hotel que seria criado nos andares superiores permaneceu como um projeto. Devido à falta de parque de estacionamento para carros e também devido às más ligações, a estação teve um uso mínimo.
Em 1988, o último comboio partiu desta estação. Posteriormente, o vandalismo apareceu e tomou conta do lugar. Atualmente, esta estação é uma bela lembrança do que poderia ter sido e não chegou a ser.

17 – Estación del Norte, Valencia (Espanha)
Valência decidiu alterar a sua modesta estação de comboio no início do século XX. Queria uma versão mais adequada aos tempos modernos que a cidade estava a começar a viver.
Foi com essa ideia de modernidade que a Compañía de los Caminos de Hierro del Norte de España encomendou o projeto a Demetrio Ribes, o jovem arquiteto valenciano que tinha acabado de trabalhar na construção da estação Príncipe Pío em Madrid.
Demetrio Ribes dedicou-se inteiramente à construção desta estação entre 1907 a 1917. Trata-se de um pequeno monumento ao espírito valenciano. Esta estação apresenta o modernismo desejado. As suas fachadas foram preenchidas com laranjas, flores de laranjeira, escudos listrados. Destaca-se ainda a presença de uma águia na decoração, como símbolo de velocidade, numa pequena exibição de monumentalidade.
No interior da estação, há elementos de vidro, de madeira, de mármore e de cerâmica envidraçada. Neste espaço, destaca-se ainda a presença de um grande dossel da estação em ferro forjado, que com um abraço acolhedor recebe comboios para a cidade.

18 – Gare de Liège-Guillemins, Liège (Bélgica)
A estação ferroviária Gare de Liège-Guillemins encontra-se na cidade belga de Liège. A estação atual surge após duas tentativas de construção de uma estação, uma em 1842 e outra em 1970.
Com a chegada do século XXI, a cidade acolheu a Gare de Liège-Guillemins, um edifício futurista. Esta construção é fruto de um projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Esta estação foi construída em aço, betão e vidro.
A Gare de Liège-Guillemins é um quase-molusco gigante. Esta estação trouxe consigo alta velocidade. A Gare de Liège-Guillemins é rentável. Fatura 312 milhões de euros.

19 – Central Station Bremen, Bremen (Alemanha)
A estação de Bremen venceu a concorrência, uma estação que ocupou um espaço próximo. Foi na década de 1870 que tudo aconteceu. Esta estação foi construída em estilo eclético e contou com a mais recente tecnologia à sua disposição.
A nova Estação Central de Bremen apresenta floreios de tijolo vermelho e pedra, com destaque para as esculturas alegóricas de Bremen e Hamburgo que visam enaltecer a sua principal linha ferroviária.
Os bombardeios que decorreram na Segunda Guerra Mundial quase a encerraram. O avanço dos anos foi outro problema. A última renovação do edifício ocorreu em 2000. Esta operação devolveu a nova Estação Central de Bremen ao esplendor do passado. Desta forma, foi com uma espécie de facelift que conseguiu preservar uma das mais belas estações de comboio da Alemanha.

20 – Haydarpasa Station, Istanbul (Turquia)
Haydarpaşa Station serve como porta de entrada para o Oriente. A estação de comboio turca encontra-se de pé desde 1872. Esta estação encontra-se em frente ao Bósforo na sua parte oriental, onde o seu imponente edifício foi inaugurado em 1909 pelo sultão Mehmed V.
Ao longo do século XX, esta estação permitia ligar Bagdade, Teerão e um grande número de cidades da península da Anatólia com Istambul. Desta forma, as rotas orientais que lhe deram tanta fama estavam estabelecidas.
Este edifício histórico parece uma fortaleza. Chegou a levantar-se a possibilidade de transformá-la num hotel de luxo. No entanto, devido à sua longa história de viagens, a estação de comboios conseguiu continuar a prestar um precioso serviço. Porém, a ideia da sua reconversão não está completamente descartada.

21 – Estação Central de Helsínquia, Helsínquia (Finlândia)
Diz-se que Eliel Saarinen fez um primeiro projeto que foi tão romântico que foi “convidado” a refazer a sua proposta. Este arquiteto ficou encarregue de construir a nova estação de comboio de Helsínquia no início do século XX. No entanto, deveria apresentar um projeto com um estilo mais moderno e racionalista.
Eliel Saarinen apresentou um monumental edifício de pedra Art Deco. O destaque desta estação vai para uma grande torre e para a presença de quatro gigantes que seguram esferas luminosas.
Ao longo da história da estação, podem ser contados quatro acidentes ferroviários. Eles aconteceram em 1926, 1944, 1990 e 2010. Neste ano, os comboios chegaram ao saguão de passageiros pela força dos impactos.
Destaca-se ainda a morte do presidente da Finlândia em 1940, mas esta surgiu devido a um ataque cardíaco. A morte aconteceu antes dele apanhar um comboio para a sua casa Natal, numa viagem que se realizaria antes da sua retirada como presidente.

22 – Estação de Hua Hin, Hua Hin (Tailândia)
A estação ferroviária de Hua Hin apresenta-se como um ponto importante no circuito turístico tailandês, como se fosse apenas mais um monumento na cidade. O edifício foi reconstruído em Hua Hin no ano de 1968. Anteriormente, este era um dos pavilhões do palácio Real de Sanamchan, na província de Nakhon Pathom.
A madeira e o telhado pontiagudo tornam a Estação de Hua Hin a estação de comboio mais bonita da Tailândia. Esta estação apresenta um charme especial, que fica reforçado ao anoitecer, num momento em que fica iluminada com centenas de lâmpadas.

23 – Berlin Hauptbahnhof, Berlim (Alemanha)
A moderna Estação Central de Berlim implicou o investimento de 900 milhões de euros. Um valor elevado que permitiu erguer uma estação que ficou conhecida naquelas terras como Berlin Hauptbahnhof.
Esta é a maior estação da Europa. A sua localização é privilegiada, pois encontra-se ao lado do Reichstag, da Chancelaria e do Portão de Brandemburgo. Por isso, a estação apresenta-se no coração da cidade.
A estação é totalmente ecológica. Esta estação faz grande uso da luz natural direta. Aproveita-a ao máximo. A sua superfície pode contar com muitos painéis fotovoltaicos que abastecem a estação com 50% da energia que consome.
Esta estação imponente foi inaugurada em 2006. Esta estação por si só permitiu substituir o serviço de 8 estações que operavam através do mesmo terminal.

24 – Estação Central de Amesterdão, Amesterdão (Países Baixos)
Esta estação foi projetada por Pierre Cuypers. Pierre foi responsável pela construção da estação de comboios da capital da Holanda. Esta estação de comboios é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade.
Pierre Cuypers é o mesmo arquiteto que construiu outro símbolo de Amesterdão, o Rijksmuseum. A Estação Central de Amesterdão foi construída em 1889. Esta construção apresenta-se no chamado estilo renascentista holandês.

25 – Estação de comboio de Kanazawa, Kanazawa (Japão)
A Estação Ferroviária de Kanazawa apresenta-se num cenário encantador. Esta estação está cheia de esculturas. Um dos destaques da Estação Ferroviária de Kanazawa é o relógio de água digital.
A Estação Ferroviária de Kanazawa recorre ao aço e vidro ao vidro para se apresentar como uma estação moderna da cidade. Existem ainda várias lojas e restaurantes neste espaço. Estas construções modernas foram feitas num espaço onde anteriormente tinha sido construída outra estação, datada de 1898.

26 – Kuala Lumpur Station, Kuala Lumpur (Malásia)
A estação ferroviária de Kuala Lumpur foi construída num belo estilo. Ela apresenta uma fusão entre os estilos oriental e ocidental. A sua construção foi concluída em 1910. Arthur Benison Hubback foi o responsável pela obra.
Este projeto foi realizado pelo arquiteto britânico que trouxe consigo para a Malásia parte do conhecimento estilístico que tinha sido assimilado na Índia. Essa influência está presente na estação. A estação permitiu o assumir do tráfego ferroviário das estações Residente e Sultan, que desde logo perderam importância e posteriormente acabaram por ser demolidas alguns anos depois.

27 – Gare des Bénédictins, Limoges (França)
As ligações ferroviárias chegaram a Limoges em 1856. A primeira estação de comboio a ser construída na cidade Limoges tornou-se logo muito pequena. A primeira solução encontrada pelos responsável foi a de expandir essa primeira estação. No entanto, logo depois, foi tomada a decisão mais radical, a criação de uma nova estação.
Roger Gonthier foi a pessoa contratada para assumir a importante tarefa de criar uma nova estação na cidade. Este é um edifício imponente que tem uma torre sineira de 66 metros de altura.
O aceno para a cidade da porcelana é feito logo na sua entrada, onde duas esculturas se apresentam. Estas esculturas representam a porcelana e o esmalte, as grandes artes de Limoges.

28 – Estação de Maputo, Maputo (Moçambique)
Maputo é a capital de Moçambique. Esta cidade pode gabar-se de ter uma das mais belas estações ferroviárias do mundo no seu tecido urbano. Esta estação moçambicana foi projetada pelo ilustre Gustave Eiffel.
No entanto, Eiffel nunca chegou a pisar o solo moçambicano. Esta estação serve como um exemplo perfeito da arquitetura colonial afrancesada da cidade. As estruturas desta estação são feitas principalmente de ferro.
Neste espaço, ainda se podem ver algumas das locomotivas a vapor a passar. No final do século XIX e início do século XX, estas locomotivas percorreram o circuito ferroviário de Moçambique.

29 – Gare de Marseille-Saint-Charles, Marselha (França)
No ano de 2007, foi feita uma alteração ao projeto inicial. Nesse ano, a histórica estação de Saint Charles de Marseille acrescentou uma sala de vidro à sua estrutura. Esta sala foi projetada pelo arquiteto Jean Marie Duthilleul.
A Gare de Marseille-Saint-Charles foi inaugurada em 1848. Esta construção foi erguida sob o prisma das grandes estações ferroviárias do velho continente. A Gare de Marseille-Saint-Charles servia como porta de entrada obrigatória para África e o Oriente Médio, antes do avião surgir como uma alternativa mais viável. A estação servia de ligação do porto da cidade, de onde os navios que cruzavam o Mediterrâneo partiam.

30 – Estação Central de Milão, Milão (Itália)
A Estação Central de Milão foi anunciada num ano, mas demorou 25 anos até surgir o dia da sua inauguração. A primeira pedra foi lançada por um rei, Victor Emmanuel III, e um ministro de Benito Mussolini que a inaugurou. Tratou-se de Galeazzo Ciano, que era o ministro das Relações Exteriores.
Ao longo do tempo, foram realizadas inúmeras mudanças no projeto. No princípio, a estação seria uma revisão da Union Station em Washington. Posteriormente, a pedido do Duce (o “líder” Benito Mussolini), a estação visaria refletir o poder do Estado italiano que se encontrava sob sua tutela.
A Estação Central de Milão foi alvo de uma renovação recente. Esta operação recuperou os detalhes Art Nouveau e Art Deco. Eles elementos pontilham o edifício e permitem introduzir melhorias técnicas. Por exemplo, foram introduzidas novas escadas rolantes e elevadores.

31 – Praha hlavní nádrazí, Praga (República Checa)
A estação central da cidade serviu como mais um elemento que adotou um estilo internacional de arquitetura e de artes decorativas marcante. A Art Nouveau inundou tudo em Praga, até a estação. Praha hlavní nádraží apresenta um salão impressionante.
A estação de Praga impressiona todos os que pisam este local fascinante. Imediatamente, as pessoas são transportadas para a idade de ouro da cidade, inevitavelmente. Foi Josef Fanta quem teve a responsabilidade de dar à estação o encantador ar romântico que apresenta.
Em 1909, foi erguido o novo edifício na antiga estação da cidade que estava presente nesse espaço desde 1871. Durante a República, mais precisamente entre 1918 e 1939, o complexo passou a chamar.se Wilson Station, um nome que foi dado em homenagem ao presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson.

32 – Estação do Oriente, Lisboa (Portugal)
Esta estação portuguesa apresenta um telhado que lembra uma rede marítima. A Estação do Oriente foi criada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. Esta construção foi realizada no âmbito da Expo ’98 que decorreu na cidade de Lisboa.
A Estação do Oriente representa um dos espaços mais importantes da cidade. Ela permite a entrada para o metro, existindo ainda trilhos ferroviários e também uma fábrica para eventos temporários.
Pelas suas formas pontiagudas, a Estação do Oriente tornou-se num marco arquitetónico que vai além do campo construtivo. É quase uma escultura, um monumento imperdível. Segundo o artigo espanhol, é “uma das 100 coisas que nos fazem apaixonar por Lisboa”.

33 – Estação de Dunedin, Dunedin (Nova Zelândia)
Esta estação foi inaugurada em 1906. A estação de Dunedin apresenta um grandiloquente estilo neorrenascentista. Esta estação apresenta pedras de basalto preto de Kokonga, existindo ainda ardósia de Marselha para o seu telhado.
Um dos destaques desta estação presente na Nova Zelândia é uma grande torre com um relógio. Esta torre é visível de grande parte do centro histórico da cidade de Dunedin. Desde logo, a estação assumiu grande parte do tráfego ferroviário da ilha. Com o passar do tempo, esse tráfego aumentou.
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34 – Estação Ferroviária de Xangai Sul, Xangai (China)
Esta estação foi criada em 1906. Contudo, só em 2006 é que a Estação Ferroviária Sul de Xangai tomou a forma que a tornou famosa. Esta é primeira estação circular do mundo. A Estação Ferroviária Sul de Xangai foi erguida com ferro e vidro a moldarem a nova estação.
Esta estação apresenta um estilo quase futurista. A Estação Ferroviária Sul de Xangai tem um tráfego ferroviário enorme. A nova fisionomia da Estação Ferroviária Sul de Xangai permitiu adicionou as rotas de outras estações próximas menores.

35 – Estação do Rossio, Lisboa (Portugal)
A monumental Estação do Rossio foi inaugurada em maio de 1891. A terceira estação portuguesa nesta lista permitiu ligar todo o país ao centro de Lisboa. A Estação do Rossio foi projetada em estilo neomanuelino.
Esta estação apresenta uma visão historicista da idade de ouro portuguesa. Foi na Estação do Rossio que começou a ser usado o chamado “carrinho fantasma”, cujo objetivo era evitar a sabotagem por grevistas na década de 1920.

36 – Estação de Flinders Street, Melbourne (Austrália)
O complexo que foi construído na Flinders Street é igualmente monumental. O projeto foi da responsabilidade dos funcionários ferroviários J.W. Fawcett e H.P.C. Ashwort que, para assumirem essa responsabilidade, tiveram de levar de vencida uma competição internacional.
Na entrada, apresentam-se duas torres altas nas laterais. O edifício destaca-se pelo seu perfil delicado que reivindica protagonismo no horizonte de Melbourne.
Gosto de viajar de comboio e conhecer belas estações.
Obrigada