20 razões para visitar o Porto
São 20 razões para visitar o porto. Em poucos dias ou num fim de semana prolongado, não deixe de conhecer os encantos da cidade.
Em 2012 e 2014, o Porto foi eleito Melhor Destino Europeu no site European Best Destinations. Este ano, a cidade portuguesa foi novamente eleita como Melhor Destino Europeu e com concorrência de peso: Viena (Áustria), Berlim (Alemanha), Atenas (Grécia), Londres (Inglaterra), Bruxelas (Bélgica), Praga (República Checa), Basileia (Suíça), Stari Grad (Croácia), Wild Taiga (Finlândia), Amesterdão e Roterdão (Holanda), Madrid e San Sebastian (Espanha), Sozopol (Bulgária), Gdansk (Polónia), Roma e Milão (Itália), Paris e Bonifacio (França) são as cidades que também estiveram na luta.
Em cada canto há marcas do Porto Medieval. A diversidade arquitetónica foi preservada e ajuda a contar a história da cidade património da UNESCO.
Eis 20 motivos que justificam uma visita ao Porto.
O Passeio Alegre

A canção diz que Coimbra tem mais encanto. Nós acrescentaríamos que uma cidade com rio e mar também tem um encanto especial. O Douro, com os barcos rabelos e a Ponte D. Luís, é o postal por excelência da cidade, que já todos conhecem.
Para além de caminhar na Ribeira, junto ao rio, vale a pena fazer toda a marginal a pé até à Foz e descobrir museus, igrejas, tascas e tasquinhas. O caminho é longo e pode ser feito de elétrico, mas, se pudéssemos, obrigaríamos toda a gente a sair na paragem do Passeio Alegre.
A começar pelo farol de São Miguel-o-Anjo, construído em 1528 com projeto do arquiteto italiano Francesco Cremona e um dos mais antigos da Europa, passando pelo belíssimo jardim, com dois obeliscos a assinalar a entrada, da autoria de Nasoni, e a fonte luminosa. O caminho segue em direção às praias. De preferência, à hora do pôr do sol.
A cápsula do tempo

Ser pobre dificilmente traz alguma vantagem. E dizemos dificilmente porque, no caso do Porto, até trouxe. Se a cidade tem um centro histórico classificado pela UNESCO desde 1996, isso deve-se à falta de verbas que impediram que, nos anos 1940 e 1950, tivessem entrado em vigor projetos de construção que implicavam demolir grande parte da zona histórica.
“Da Ribeira, por exemplo, só ficavam algumas igrejas e o resto era tudo removido para se fazerem prédios”, recordou Manuel de Sousa, responsável pela página “Porto Desaparecido”. Em cada canto há marcas do Porto Medieval, muralha Fernandina, vestígios da judiaria e uma diversidade arquitetónica que ajuda a contar a história de uma cidade que nunca sofreu um terramoto violento nem nenhuma guerra, e que conseguiu preservar-se.
O velho elétrico, que ainda funciona, também ajuda a transportar os visitantes para tempos que não voltam.
Serralves

Serralves, sempre. Porque é talvez o principal museu de arte contemporânea do país, porque foi projetado pelo multipremiado arquiteto Siza Vieira, porque nos 18 hectares do Parque convivem harmoniosamente jardins, matas e até uma quinta.
Porque oferece à cidade 40 horas seguidas de festa na primavera e dois dias de celebração do outono. Porque há sempre crianças e jovens dentro das paredes da Fundação, a aprender sobre arte, sobre fauna e sobre flora.
Em 2016 passaram por ali 682 mil visitantes, um aumento de 30% face ao ano anterior. 75% dos visitantes são portugueses.
As estrelas Michelin

Se por cada vez que alguém diz a frase “come-se muito bem no Norte” nascesse um euro nos nossos bolsos, já teríamos saldo para visitar as outras 19 cidades nomeadas para o European Best Destination.
O Porto sempre se orgulhou da sua gastronomia, de sabores genuínos e prato cheio. Nos últimos anos, a alta cozinha começou a ganhar cada vez mais destaque e, em 2016, o guia Michelin atribuiu uma estrela ao Antiqvvm, do chefe Vítor Matos. Estrelas à parte, o restaurante situado no antigo Solar do Vinho do Porto já valeria uma visita só pela decoração e a vista sobre o Douro. O Antiqvvm juntou-se ao restaurante Pedro Lemos, do chefe com o mesmo nome, também com uma Estrela.
Há mais três restaurantes incluídos no clube dos melhores, que não ficam na cidade do Porto mas que fazem parte do distrito. O primeiro é a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, onde o chefe Rui Paula faz o gosto ao paladar, enquanto o mar e o edifício, projetado por Siza Vieira, fazem o gosto aos olhos.
O segundo é o The Yeatman, que em 2016 conquistou a segunda estrela, graças ao talento do chefe Ricardo Costa. Um pouco mais afastado, em Amarante, fica o Largo do Paço, assumido há um ano pelo chefe André Silva. Além de que todas as desculpas são boas para desfrutar das paisagens de Amarante.
As estrelas cá de casa

O Porto tem batido recordes de turistas, o que acarreta uma maior pressão imobiliária no centro e um risco maior para negócios históricos. Dito isto, ainda é possível comer bem e barato no centro da cidade. E isso vale ouro.
Sejam as famosas sandes de pernil da Casa Guedes, os muito concorridos pregos do Venham Mais Cinco, os cachorrinhos do Gazela, as sandes de presunto da Tasca da Badalhoca, as bifanas da Conga, os petiscos do Lareira, os pratos do Caraças, os éclairs da Leitaria da Quinta do Paço, os lanches e croissants da Padaria Ribeiro…
A lista, felizmente, é longa.
(cont.)