12 curiosidades sobre o Vinho do Porto
O Vinho do Porto divide opiniões: por ser mais licoroso e doce, há o grupo dos apaixonados e também o grupo daqueles que não apreciam tanto. O que muita gente não sabe é que este vinho é mais versátil do que se imagina e engana-se quem pensa que ele parou no tempo.
As empresas do setor, além de produzirem uma gama de tintos de alta qualidade, também podem oferecer opções de Vinho do Porto branco e rosé, com características mais refrescantes e jovens, ideais para dias mais quentes e como protagonista de cocktails.
Curiosidades sobre o Vinho do Porto
A colheita das uvas (chamadas vindimas) é sempre feita à mão. E o pisar das uvas de alguns dos melhores vinhos também é feita pelo homem, da forma mais rústica, apesar de existirem máquinas que façam esse processo.
Aliás, as primeiras 4 horas da pisa das uvas são muito importantes e precisam ser sincronizadas entre os participantes.
Ao todo, são aproximadamente 33 mil vinicultores no Douro. Porém, a maior parte dessas pessoas só tem 1 hectare de vinha.
Quando não produz o seu próprio vinho, reunindo familiares e amigos na quinta para colher e pisar as uvas, o proprietário vende-as para cooperativas e outras empresas produtoras de vinho.
Nem todas as pessoas podem comercializar o Vinho do Porto na região do Douro Vinhateiro. Há instrumentos especiais para estudar e classificar as plantações de videiras. É preciso fazer uma avaliação da vinha a partir de sua inclinação e exposição solar.
Para isso, é usado uma escala de 0 a 1200 pontos para, então, classificar as videiras entre as categorias de A a F. O proprietário que tem a letra A é beneficiado por poder vender anualmente mais Vinho do Porto do que aquele que tem a letra F, por exemplo.
O xisto, que é a pedra predominante na região do Douro Vinhateiro, tem origem vulcânica e possui várias camadas. É ela que está presente nos socalcos (aqueles “degraus” que vemos frequentemente na paisagem do Douro) onde são plantadas as vinhas.
Durante os meses mais quentes do ano, o xisto armazena o calor e, ao fim do dia, quando já está mais fresco, distribui esse calor pelo solo, sendo de grande importância para o ciclo das videiras. O mesmo acontece com as chuvas.
No inverno, a pedra armazena a água. Por isso, as plantações de vinhas nessa região não precisam de ser irrigadas. Como chove muito durante o inverno, a água fica retida no solo, criando lençóis suficientes para abastecer as vinhas.
A Touriga Nacional é uma das principais castas para a produção de Vinho do Porto – correspondendo a cerca de 15% da região.
Essa é também uma das castas mais conhecidas em Portugal, tendo a sua origem na região do Dão. Já a mais plantada no Douro é a Touriga Franca, conhecida também como a Princesa do Douro, que está presente em mais de 30% da região.
A maioria dos vinhos do Porto e Douro são blend – ou seja, misturam diversas castas, entre doces e ácidas, para encontrar um equilíbrio.
Se for à região do Alto Douro Vinhateiro entre o final do outono e o início do inverno, possivelmente vai notar na paisagem diversos pontos com fumo.
Não se assuste! Isso acontece porque, após a poda, os ramos são queimados para enriquecer o solo. Faz parte do ciclo saudável da vinha.
Já existe interesse de algumas empresas na produção do Vinho do Porto biológico (ou orgânico) e com boas apostas no ramo, como o Fonseca Porto Terra Prima.
86% do Vinho do Porto produzido é exportado. Os principais mercados que recebem o produto são a França, Inglaterra e Holanda. O Brasil também tem investido bastante em provas e apresentações deste néctar.
Uma garrafa antiga de Vinho do Porto vintage precisa de ser aberta a fogo, pois a rolha pode desfazer-se com o procedimento comum, e deve ser consumido rapidamente. Isso é feito, pelo menos, nas garrafas da década de 1980 para trás.
Dona Antónia Adelaide Ferreira, a Ferreirinha, foi a mulher de maior destaque do Douro e tem sua história passada entre gerações, sendo referência até mesmo para as crianças de hoje.
Ela teve 35 quintas, e tornou-se a maior produtora de vinho da sua época e dedicando-se plenamente à região, ajudando pessoalmente as famílias que trabalhavam nas suas terras, financiando os estudos dos filhos desses trabalhadores, além de ter investido na construção de hospitais, dos caminhos de ferro e das águas termais.
Atualmente há diversos vinhos do Porto que a homenageiam, como o Porto Ferreira Dona Antónia e a gama Adelaide, da Quinta do Vallado.
São cerca de 100 castas certificadas para a produção de vinhos do Douro e Porto. Para ser vinho do Porto ou do Douro é necessário que as castas sejam portuguesas e certificadas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto – IVDP.
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