Sotaque de lisboa? Muitos acreditam que não. Descubra 10 particularidades que provam a um lisboeta que ele também tem sotaque. Muitas pessoas de Lisboa pensam que não têm sotaque. Toda a gente do Porto sabe que fala à Porto, mas muitas pessoas de Lisboa pensam que não têm um sotaque específico, que falam “um português neutro”… Ora o sotaque de Lisboa é um sotaque como outro qualquer. Como o de Beja ou de Portimão ou da Malveira da Serra.
Há muitas pessoas (sobretudo de fora de Lisboa, naturalmente) que pensam que, sobretudo com a força uniformizadora da televisão, o português de Lisboa está a ser imposto ao resto do país e a dar cabo dos falares regionais. É verdade até certo ponto.
É verdade que a variante do português que se está a espalhar é o falar das classes “cultas” da capital e não há nisso nada de extraordinário: normalmente o falar “culto” da cidade ou da zona mais importante é o que se impõe. É assim a vida…
10 particularidades que provam a um lisboeta que ele também tem sotaque

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Uma característica daquilo a que se chama o “verdadeiro sotaque da Lisboa” é a abertura de certos oo: não se diz tourada, mas sim tòrada; nem se diz ourives, mas sim òrives; não se diz chouriço, mas sim chòriço; não se diz ouvir, mas sim òvir; etc. E não são só os -ou- que se pronunciam ó – também au- e até al-, às vezes: “Vais ó Ògueirão? Òguenta aí, qu’eu vou contigo!”

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“Piscina” diz-se “pichina”, “disciplina” diz-se “dichiplina”. E a mesma anomalia de pronúncia se verifica geralmente em todos os grupos “sce” ou “sci”: “crecher” em vez de “crescer”, “seichentos” em vez de “seiscentos”, e assim por diante.
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O mesmo sucede quando uma palavra terminada em “s” é seguida de outra começada por “si” ou “se”. Por exemplo, a expressão “os sintomas” sai algo parecido com “uchintomas”, “dois sistemas” como “doichistemas”.

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Há também muitos ii que não se pronunciam. Se alguém lhe disser que é “de Lisboa”, pode achar esquisito, porque em Lisboa diz-se L’sboa, não se diz Lisboa… E nem é esquisito que você acha, é ‘squ’sito.
Aliás, às vezes nem é ‘squ’sito que se diz, é chq’sito, depende. Ora aí têm mais uma característica do sotaque de Lisboa: pronunciar os ss em fim de sílaba como ss explosivos de início de sílaba. Por outras palavras, pronunciar da mesma maneira chefia e esfia.
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Como nos outros sotaques do Sul, também se transforma, em Lisboa, o ditongo -ei- numa vogal só. Só que, em vez de se o reduzir a ê, como nos sotaques saloio, alentejano ou algarvio, transforma-se-o antes em â: peixe diz-se pâxe, coelho diz-se coâlho e assim sucessivamente…

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Há também palavras isoladas que têm uma pronúncia especial. Não existe o advérbio muito mas só uma variação bizarra desse advérbio, muita (muitas vezes pronunciado m’ta): muita grande, muita pequeno, muita giro, etc. E o mesmo se passa com o quantificador de nome: muita peso, muita dinheiro, sempre muita…
Também não existe também, mas sempre e só tamém. E não se diz mesmo, mas antes memo. O adjectivo grande, quando vem anteposto a um nome, pronuncia-se sempre ganda: ganda pinta, ganda problema, etc.
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Conjugar verbos também não é tarefa fácil para um lisboeta. Não há vós nem nós. Há apenas “vocês” e “a gente”. Temos que concordar que fica mais fácil, é verdade.
Afinal de contas, para que dizer vós sois, vós fizestes ou vós ides quando se pode dizer vocês são, vocês fizeram e vocês vão? E depois há o uso peculiar do “a gente”. Serve para tudo e mais alguma coisa. A gente somos, a gente vamos, a gente vai, a gente foi…

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Uma outra tendência cada vez mais vulgar é a de comer os sons, sobretudo a sílaba final, que fica reduzida a uma consoante aspirada. Por exemplo: “pov'” ou “continent'”, em vez de “povo” e de “continente”.
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Mas essa fonofagia não se limita às sílabas finais. Se se atentar na pronúncia da palavra “Portugal”, ela soa muitas vezes como algo parecido com “P’rt’gal”.

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E há ainda os que usam e abusam do u em vez de eliminar sons. Por isso dizem Purtugal em vez de Portugal, pêssegu em vez de pêssego, etc…
Fonte parcial: Português de Lisboa: ao que isto chegou…
Os lisboetas que falam assim são os iletrados,jamais diria pichina”, “ “dichiplina”..jamais falaria assim,até pq é muito mais dificil e super incorrecto.isso é mentira.
por favor, não me considero iletrado, esse termo para mim e colegas meus é insulto, tenho 60 anos, muito orgulho de ser de Lisboa com sotaque próprio, assim como no Porto, Alentejo, Açores, etc…, sempre falei troquei opiniões, nunca ninguém se queixou de minha maneira de falar…
Os Açores não têm sotaque prório, provavelmente refere-se à pronúncia da ilha de São Miguel, que em quase nada se assemelha à pronúncia de Santa Maria, ou aquela língua bárbara que falam na Terceira. Mas concordo!
Eu, alfacinha de gema, digo p’china e câijo (queijo). E cól é a crise?… :))
É bem mais fácil e, acima de tudo, rápido de dizer e o que o lisboeta quer é falar depressa para conseguir dizer o muito do que sabe antes de morrer…. hehehe
O p’essoal… qual é o problema: TODA A GENTE tem sotaque – cada um com o seu. E isso só torna a nossa língua mais rica ainda.
Beijos
Dina – Parabéns ! Eu já morei um bom tempo em Lisboa, e é assim mesmo ! Alfacinha com muito orgulho … O resto é consequência … paz e amor !!
Se fosses l’sboeta e não tivesses umas “palas” nos olhos, concordavas que afinal isto até é real, e verifica-se tanto no “mangas do café” como no “Sôtor” no consultório.
Cresci nos arredores de Lisboa, mas nunca disse “L’sboa”, “P’rt’gal” e muito menos “chòriço”… as ditas transformações de grande e muito, usei-as maioritariamente na adolescência, época em que às vezes faltava “àzaulas”, mas nunca “àjaulas”. Só comecei a comer vogais no final das palavras depois de já estar instalada há algum tempo no Algarve. É verdade que digo “coâlho”, mas sempre disse “peixe” e “tamém” é pronunciado um pouco mais a oeste de onde nasci, mas admito que “a gente” às vezes se confunde com os tempos verbais e “vocês” acabam confundidos por nossa culpa.
Que artigo pouco sério. Não sou especialista, mas penso saber distinguir aquilo que configura um sotaque, que é a fonética das palavras, daquilo que são expressões regionais. E de entre estas, saber distinguir as que são típicas das que são incorrecções que se banalizaram dentro de determinados grupos sociais. Certas destas incorreções são faladas por todo o país como a simplificação de “está” por “tá”. A maior parte destes exemplos é isto que retrata, chamando-lhe “verdadeiro sotaque da Lisboa”. Não creio sequer que os Lisboetas se arroguem de ter um sotaque neutro, mas também não é certo afirmar que é “como outro qualquer”. Os sotaques são todos diferentes e é sabido que numas regiões é mais carregado e noutras mais subtil. Penso o que Lisboa é pouco carregado e isso não é mérito nem desmérito. Há até palavras que nunca ouvi pronunciar bem em lado nenhum, como por exemplo “muito” que todos dizemos “muinto”.
cresci num bairro tipico C. Ourique, eu próprio meus colegas de infancia, falamos assim, na gíria popular vulgo«sopinha de massa», como acima foi dito piscina- pechina, crescer-crecher, etc…, outra, segunda- feira–segunda- fara, etc…, claro não me envergonho disto, assim como no Porto o eu vou- eu bou, vamos a ver- bamos a bier, em suma tenho orgulho de ser de Lisboa
Então amigos olhai eu vivo em França e também tenho sotaque e também não tenho vergonha alguma mas todos nós temos sotaque no mundo inteiro e sou sincero adoro o sotaque lisboeta e acho que de veríamos ser todos orgulhosos de ter um
O que eu acho divertido é que fala de uma quantidade de situações que eu até nem reconheço e não fala de outras evidentes como é caso de joelho ou telha…
Exatamente!
Ou coelho, onde de facto existe sotaque!
Devem ter feito o “estudo” para este artigo na Curraleira, certamente!
Como se a maioria dos Lisboetas dissessem óvir, órives, chóriço. Ridiculo no minimo!
Como Lisboeta, admito que o suposto “neutro” não é bem assim e existem palavras com sotaque, mas não são genericamente estas, COM CERTEZA!
Os lisboetas carregam nos is. Dizem ” río, frío, oiro em vez de ouro, toiro em vez de touro”, chamam bica ao café. Em relação ao termos apresentados acho que algo correu mal na notícia…
…e temos o ” treuze”
Nascida e criadagem Lisboa, vivo em Lisboa e não reconheco os exemplos dados. Só se estiverem a falar do falar do Jorge Jesus… Sim, há uma pronúncia de Lisboa mas não se caracteriza pelos exemplos dados….
por favor não comparar os erros de gramática de certas pessoas com pronúncia, como já acima referi, sou de LISBOA tenho sotaque próprio do local onde nasci (C. Ourique) nunca dei erros a escrever, claro também digo Camp´ Dórique, coâlho, aparâlho, pechina, chóriço, etc…, e nunca ninguém me criticou pela minha maneira de falar, mas como já disse , nunca dei erros a escrever e sempre bom aluno a português
Sou do Portoe vivo em Tras os Montes e devo dizer que sobre esta noticia, o que devia ser reclamado pelos lisboetas, nao teria a ver com fonetica tipica, porque embora eu nao a tenha, a nossa e mesmo do pior, mas e nossa e deve orgulhar-nos, pois e o povo quem fala. Eu criticaria a pintura do eletrico, porque nao e um eletrico de Lisboa. Porque em Lisboa os eletricos, como os carros e em todo o pais, circulam pela direita, porque os eletricos lisboetas sao como os do Porto, teem o troley virado para tras, porque esta pintura nao e de Lisboa, embora talvez gostasse de ser.
Acho este post muito ofensivo porque os lisboestas NÃO TÊM SOTAQUE e como está escrito os lisboetas falam o “portugues neutro” quem escreveu isto só pode ser do norte e ter inveja.
hahahahaha
vai te foder//Porto