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Questionado sobre os preços praticados pela herdade, disse que o valor foi fixado “atendendo à situação” do país, sem ter em consideração o facto de a casa ser da fadista, um fator que, sublinha, faria o preço “ser muito mais alto”.
A reinvenção da herdade (que, no total, detém 10 hectares) ocorre após, há cerca de sete anos, um grupo de cidadãos preocupados com a memória de Amália e com a reabilitação da casa, ter criado a Associação Diva Brejão, entretanto extinta.
Na génese da associação esteve o jornalista Mário Rui Pereira, que afirmou à Lusa estar “contente” com a reabertura do espaço, assegurando que o seu aspecto está “completamente modificado” e “muito digno”.
Afirmando que não lhe interessa “tentar perceber quem é que conseguiu o quê”, o jornalista considerou que o objetivo de que “a casa não desaparecesse ou caísse em outras mãos” foi cumprido e reconheceu o “esforço” financeiro “muito grande” por parte da fundação.
No site oficial da Herdade Amália Rodrigues é possível reservar a casa de férias. A casa está totalmente equipada (referem-se televisão, máquina de lavar roupa, máquina de lavar loiça, frigorífico, placa de fogão e forno, micro-ondas, máquina de café e torradeira).
A casa foi projetada pelo arquiteto Conceição Silva nos anos 60 – autor de obras emblemáticas do turismo e urbanizações nacionais como o plano turístico de Troia, o Hotel do Mar de Sesimbra, o algarvio Hotel da Balaia, o Hotel Serra da Estrela ou Edifício Castil de LIsboa.
Amália faleceu a 6 de Outubro de 1999, na sua residência, em Lisboa, dois dias depois de ter estado no Brejão, onde costumava passar largas temporadas. A casa foi também cenário de vários momentos da carreira de Amália, como uma reportagem, disponível em vídeo (em baixo) e produzida nos anos 60 para o programa Aqui e Agora, da RTP.
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