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Idanha-a-Velha, distrito de Castelo Branco
Erguida onde antes havia uma cidade romana, fundada por um habitante de Mérida, também é mencionada na ponte de Alcântara.
Hoje é uma modesta aldeia onde se diz que teria nascido o rei visigodo Wamba. Verdade ou não, as suas ruas são encantadoras, no meio de uma planície de oliveiras.
Castelo Mendo, Almeida, distrito da Guarda
A cidadela de traçado oval corresponde ao antigo burgo, formado depois da concessão foral de Sancho II. O burgo novo, ou Arrabalde de São Pedro, protegido por uma muralha dionisíaca, era guarnecido no passado por oito torres, parcialmente destruídas pelo terramoto de 1755.
Conserva impecavelmente as suas cinco portas (portas da Vila, da Guarda, do Sol, da Traição e de D. Sancho), restos da arquitetura manuelina e habitantes velhos e sábios.
Sortelha, Sabugal, distrito da Guarda
Uma das mais belas e antigas aldeias portuguesas, manteve a sua configuração urbana e arquitetónica até aos nossos dias.
A visita pelas ruas e ruelas enclausuradas num anel defensivo e vigiadas pelo castelo do século XIII, permite aos forasteiros voltar a séculos passados entre os túmulos medievais, ao lado da picota manuelina ou diante da igreja renascentista.
Tavira, distrito de Faro
A cidade é dividida em dois pelo rio Gilão, que desagua no estuário que existe atrás da ilha do mesmo nome.
Entre a cidade, branca e azulejada, e a ilha, há pântanos rasos e lagoas do Parque Natural de Ria Formosa, um refúgio de aves migratórias e de turistas em busca de praias desertas e de águas quentes.
Ericeira, Mafra, distrito de Lisboa
Vila de pescadores que se refugia entre um penhasco e o enorme palácio de Mafra, localizado a oito quilómetros. De Ericeira partiu para o Brasil, exilada mas em paz, a família real portuguesa.
Conserva as suas raízes marítimas, as suas capelas dedicadas à padroeira dos pescadores, as suas casinhas brancas e azuis e alguns restaurantes, onde pode desfrutar dos melhores frutos do mar locais.
Trancoso, distrito da Guarda
Terra de fronteira, palco de várias lutas e batalhas decisivas para a formação e independência do reino. Mimada por reis, obteve privilégios importantes.
Afonso Henriques outorgou-lhe a carta de Foral e Afonso III a carta de Feira. O rei D. Dinis ordenou a construção das muralhas que ainda hoje protegem uma aldeia onde conviveram cristãos e judeus.
Castelo Novo, Fundão, distrito de Castelo Branco
Localizada na Serra da Gardunha, é uma das aldeias portuguesas de que José Saramago mais gostava.
Conserva um castelo do século XII, uma fonte barroca e um lagar comunitário talhado na rocha onde era pisada a uva para fazer vinho.
Linhares, Celorico da Beira, distrito da Guarda
As suas fontes dos séculos XII, XVI e XIX, indicam a evolução desta aldeia cujo castelo medieval escorado sobre rochas graníticas ergue-se a 820 metros.
A esta altura pode-se contemplar o Vale do Mondego. Casas manuelinas e o bairro judeu acrescentam charme ao lugar.
Belmonte, distrito de Castelo Branco
A tradição diz que o nome Belmonte é proveniente do lugar onde se ergue a aldeia (monte belo ou belo monte). Outros atribuem sua origem a ‘belli monte’, montanha de guerra. As duas coisas são verdadeiras, pois cada pedra da aldeia tem a sua história.
Aqui nasceu o navegante Pedro Álvares Cabral, que em 1500 comandou a frota que descobriu o Brasil. A história da sua misteriosa comunidade criptojudaica tem contornos romanescos (os seus membros mantiveram as tradições judaicas em segredo até ao século XX).
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Falta aqui, no meu entender, a Aldeia de Sortelha.